quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Vamos respeitar o tempo e a autonomia do PT, diz Armando Monteiro

Desde que intensificou as articulações para fortalecer sua candidatura a governador de Pernambuco no próximo ano, com a entrega dos cargos que o PTB ocupava no governo Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) tem sido cuidadoso nas movimentações e palavras para evitar qualquer antecipação ou passo em falso que atrapalhe seu projeto. Não foi diferente, ontem, ao comentar a oficialização da saída do PT da base aliada socialista e a notícia veiculada na imprensa nacional de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já teria comunicado a dirigentes do partido em Pernambuco que está certo o apoio ao petebista em 2014, contra o palanque que será armado pelo PSB de Eduardo.

"Vamos respeitar o tempo e a autonomia do PT, que vai fazer sua discussão interna num momento próprio. Não temos pressa nem ansiedade", disse, ao negar que recebeu uma confirmação oficial.

O parlamentar avaliou como “previsível” a saída do PT do governo Eduardo Campos. “Se o PTB fez um movimento de entrega, o PT naturalmente faria, porque, se existe um partido que tem compromisso com a candidatura de reeleição da presidente Dilma Rousseff, é o PT”, considerou.

O presidente do PT Pernambuco, deputado federal Pedro Eugênio, também negou que ouviu do ex-presidente Lula a confirmação do apoio a Armando, o que nos bastidores é visto como certo. “Eu estava na reunião com Lula (há cerca de duas semanas) e este tipo de colocação não aconteceu”, lembrou. Segundo ele, a legenda ainda vai iniciar a discussão efetiva sobre 2014, embora nenhuma reunião esteja marcada até agora.

Na última segunda-feira (21), ao comentar a saída do PT do governo Eduardo Campos, Pedro Eugênio disse que a sigla não descarta a possibilidade de ter candidato próprio.

Argumentando que precisaria de mais independência para discutir o “futuro pós-Eduardo”, o PTB decidiu deixar a base aliada do governador no último dia 11, após o inesperado ingresso da ex-senadora Marina Silva no PSB, episódio que deu musculatura para o voo solo do socialista rumo ao Palácio do Planalto. No início desta semana, após dias de imbróglio, o PT tomou a mesma decisão.

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