terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Ao menos 17 brasileiros morrem afogados diariamente; saiba aproveitar o verão com responsabilidade

A cada 84 minutos, um brasileiro morre afogado. A bebida alcoólica tem parcela de culpa nesses acidentes

Por: Isabela Veríssimo

O verão chegou e os 187 quilômetros do litoral pernambucano já começam a ser ocupados por vendedores ambulantes, banhistas, guarda-sol e todo aqueles que separaram um tempo para relaxar, curtir as férias, tomar uma água de coco, pegar um bronze e aproveitar o mar imenso que lhe espera. Porto de Galinhas, Tamandaré, Praia dos Carneiros e Praia do Sossego são alguns dos pontos mais movimentados na estação mais quente do ano. Mesmo em tempo de diversão, alguns cuidados são fundamentais para não deixar o dia terminar mal.


Em dias de calor, o mar fica ainda mais atrativo. No Recife, assim como em outros lugares, casos de afogamento existem e precisam ser combatidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 17 brasileiros morrem afogados diariamente. Os acidentes mais comuns são os dos nadadores inexperientes que decidem se aventurar em travessias maiores do que realmente estão aptos a fazer. A bebida alcóolica tem grande parcela de culpa nesses acidentes, visto que tira parte dos reflexos de quem a ingere e dá uma coragem ilusória de alcance a grandes profundidades.
 

Placas e bandeiras de sinalização ficam espalhadas para melhor orientação dos banhistas. Foto: Peu Ricardo/DP

Quanto às crianças, na sua maioria, se afogam por descuido dos responsáveis distraídos. O capitão Klébson Azevedo, chefe da seção de imprensa do Corpo de Bombeiros, alerta que os adultos precisam entender a condição de responsabilidade. “A diversão fica por conta da criança. O adulto tem que estar sempre a distância, pelo menos, de um braço para que, em casos de afogamento, consiga levantá-la rapidamente”, orienta.

Em casos de afogamento de maiores de 18 anos, a instrução é diferente. O ideal é que sejam arremessados objetos flutuantes, como bolas e boias, para que a vítima possa se apoiar, voltar a superfície e respirar normalmente. Galhos e hastes também podem ser úteis se amarrados à uma corda. “Não incentivamos que o salvamento seja feito por um leigo em contato direto com a vítima. No desespero, ela pode segurar na outra pessoa e ao invés de ser uma vítima, serão duas”, explica o capitão.

Foto: Peu Ricardo/DP

Em todo caso, seguir a orientação dos guarda-vidas na praia é fundamental. Placas e bandeiras de sinalização ficam espalhadas para melhor orientação dos banhistas. A bandeira verde aponta que a área está livre e tranquila para nado. A amarela, um alerta de ondas e situação de desnível na geografia submersa. A vermelha, apresenta uma área de mar revolto com presença de valas (retorno de águas para o mar que gera uma corrente e leva a pessoa para o mar aberto). Dessa forma, não é indicada para banho. 

Para quem não abre mão de ingerir bebida alcóolica, é preciso lembrar que, dessa forma, o nado precisa ficar de lado. Para quem quer promover um dia de diversão para a garotada na praia, as bóias devem ser tipo colete e não de patinho ou tubarão para que a criança não caia ou fique em uma posição invertida e não consiga sair. É preciso lembrar que esse é um momento deles e a atenção deve ser redobrada

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