segunda-feira, 1 de julho de 2019

Bolsonaro: troca de favores com Congresso




Contra mote de campanha, Bolsonaro mantém troca de favores com Congresso


Negociação de cargos e emendas para obter apoio continua, mas não tem sido suficiente para melhorar relação entre governo e Legislativo


Ranier Bragon - Folha de S.Paulo


Jair Bolsonaro foi eleito o 42º presidente do Brasil impulsionado pela onda antissistema e com a promessa de acabar com o chamado “toma lá dá cá”, o meio de obtenção de governabilidade adotado até então. Seus primeiros seis meses de gestão concluídos neste domingo (30) mostram que, apesar de algumas mudanças, o modelo continua sendo praticado.


Em pelo menos um ponto, de forma até mais enfática —a oferta concretizada na semana passada do pagamento imediato de R$ 10 milhões em emendas extras para cada deputado federal, em troca de apoio à reforma da Previdência.


O presidente da República obtém sustentação no Congresso não necessariamente com base em suas propostas para o país, mas pela negociação de emendas parlamentares e de cargos federais. 


Cada um dos 594 deputados e senadores puderam apresentar R$ 15,4 milhões em emendas ao Orçamento federal de 2019, geralmente direcionando verbas para obras e investimentos em suas regiões.


A execução dessas verbas pelo governo é obrigatória, na teoria. O Planalto e os ministérios têm poder decisivo sobre o ritmo de liberação, que, em alguns casos, nem mesmo sai dos cofres federais. É daí que surge um dos itens do balcão de negócios. O governo abre o cofre em busca do apoio que necessita.


A diferença de Bolsonaro é que ele incrementou essa cartada. Sob a chefia do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo passou a oferecer valor extra, além dos R$ 15,4 milhões, em busca de apoio à reforma da Previdência, que está para ser votada na comissão especial da Câmara.


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