sábado, 15 de março de 2025

MONTAGEM DA CHAPA 2026 - OS NÓS DE RAQUEL PARA O SENADO

A sucessão de 2026 em Pernambuco já começa a ganhar contornos mais definidos, mas um dos maiores desafios para a governadora Raquel Lyra será a composição da chapa para o Senado. Com duas vagas em disputa, a movimentação dentro do seu grupo político promete ser intensa, uma vez que há múltiplas opções e cada uma delas traz impactos estratégicos distintos para a eleição. O atual senador Fernando Dueire busca a reeleição e conta com a vantagem da visibilidade no cargo, além de uma relação de proximidade com a governadora. No entanto, não está sozinho na corrida interna, pois nomes experientes e de peso como o ex-senador Armando Monteiro também são lembrados, principalmente por sua bagagem política e trânsito junto ao setor produtivo.  

Outro fator que adiciona complexidade à escolha de Raquel é a necessidade de ampliar sua base e garantir apoio de partidos influentes. Nesse sentido, o nome do deputado federal Eduardo da Fonte aparece como um ativo valioso, já que o PP tem grande capilaridade entre prefeitos e deputados estaduais, podendo ser um diferencial decisivo na eleição. Há também a possibilidade de uma aproximação com o senador petista Humberto Costa, que apesar de ser de um campo ideológico diferente, tem força eleitoral consolidada e poderia indicar um alinhamento estratégico em um cenário de rearranjos políticos nacionais.  

Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina e ex-candidato ao governo em 2022, também segue no radar das especulações. Seu nome surge como alternativa para fortalecer a presença da governadora no Sertão, região que tem um peso expressivo na disputa. Caso entre no páreo, Miguel poderia ajudar a consolidar a competitividade da chapa e atrair um eleitorado que busca renovação política sem romper com a estrutura tradicional.  

Além desses nomes, outro fator que Raquel deve considerar é o PSD, partido que compõe sua base e que teve André de Paula como candidato ao Senado em 2022. Hoje ministro do governo Lula, André mantém influência no estado e pode ser peça-chave nas negociações, caso o PSD exija uma vaga na chapa majoritária para seguir alinhado à governadora.  

Diante desse xadrez político complexo, Raquel Lyra precisará equilibrar lealdades internas, projeção eleitoral e alianças estratégicas para garantir a montagem de uma chapa competitiva e coesa. Nos bastidores, já se espera que os próximos meses sejam marcados por intensas articulações e disputas veladas entre os interessados, enquanto a governadora avalia o melhor caminho para fortalecer seu projeto político e consolidar sua liderança no estado.

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