Em um movimento que promete reconfigurar o cenário político nacional, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) oficializarão na próxima terça-feira, às 15h, em Brasília, a criação de uma federação partidária batizada de União Progressista. A nova sigla nasce após meses de articulações intensas entre as cúpulas das duas legendas de centro-direita e representa um compromisso político de longo prazo, já que, diferentemente das coligações eleitorais temporárias, as federações têm validade mínima de quatro anos. Com 109 deputados federais somados, a federação se tornará a maior bancada da Câmara, superando o PL, que possui 92 parlamentares, e assegurando a maior fatia do fundo eleitoral em 2026, o que a torna uma peça-chave nas alianças políticas que serão formadas para as próximas eleições gerais.
O acordo foi confirmado por Antônio de Rueda, presidente do União Brasil, que publicou em suas redes sociais uma foto ao lado de Ciro Nogueira, presidente do PP, com a legenda: “Vem novidade boa em breve!!!”. Além de simbolizar o fortalecimento do Centrão, a União Progressista busca ocupar um papel protagonista na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Apesar disso, a escolha de um nome para a corrida presidencial ainda não está fechada. Tanto Rueda quanto Nogueira afirmam que não há compromisso com nenhum dos nomes já colocados como pré-candidatos. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, segue com sua pré-campanha pelo União Brasil, enquanto, no Progressistas, a senadora Tereza Cristina é o nome que desponta como potencial candidata. Ambos têm liberdade para manter suas articulações, mas a escolha definitiva será feita no próximo ano com base na viabilidade eleitoral.
A estrutura da nova federação foi desenhada com base em uma divisão equilibrada de poder entre os dois partidos, garantindo autonomia regional e preservando espaços políticos estratégicos. A cúpula nacional da União Progressista terá a palavra final nos três maiores colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro —, além de também comandar as decisões políticas no Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins. Essa centralização das decisões em estados-chave visa assegurar uma linha política coesa nos locais com maior peso eleitoral do país, mantendo o protagonismo da federação nas eleições de 2026.
Por outro lado, os estados foram divididos entre as legendas para garantir equilíbrio e respeito às forças regionais. O Progressistas, presidido por Ciro Nogueira, ficará responsável pelo comando político da federação nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Esses estados representam bases tradicionais de atuação do PP e onde o partido tem maior capilaridade. Já o União Brasil, sob a presidência de Antônio de Rueda, comandará os rumos da federação nos estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia, regiões onde o partido tem consolidado presença política e representação parlamentar significativa.
A criação da União Progressista é vista como um marco na tentativa de reorganização do campo da centro-direita, com foco em viabilizar uma alternativa competitiva frente às forças da esquerda e da direita bolsonarista. Com recursos robustos, estrutura nacional e capilaridade regional, o novo megapartido deve atrair alianças em diversos estados e poderá influenciar diretamente na formação de chapas majoritárias e proporcionais. Nos bastidores, a expectativa é de que a federação comece a organizar suas diretrizes internas, definindo lideranças estaduais e nacionais, bem como estratégias para as eleições municipais de 2024 e gerais de 2026. A aposta de seus dirigentes é que, com coesão e pragmatismo, a União Progressista se transforme não apenas em uma potência legislativa, mas também em uma força capaz de liderar o Executivo federal.
Em resumo
Na formação da nova federação União Progressista, composta por União Brasil e Progressistas (PP), ficou acordado que o comando político da federação será dividido entre os dois partidos, respeitando critérios de representatividade, força regional e equilíbrio interno. A seguir, estão listados todos os estados que ficarão sob controle de cada uma das siglas dentro da estrutura da federação:
Estados que ficarão sob controle do Progressistas (PP), presidido por Ciro Nogueira:
- Acre
- Alagoas
- Espírito Santo
- Mato Grosso do Sul
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Sul
- Roraima
- Santa Catarina
Estados que ficarão sob controle do União Brasil, presidido por Antônio de Rueda:
- Ceará
- Goiás
- Amazonas
- Bahia
- Amapá
- Mato Grosso
- Pará
- Rio Grande do Norte
- Rondônia
Estados e regiões onde a cúpula conjunta da federação (União Progressista) terá a palavra final:
- São Paulo
- Minas Gerais
- Rio de Janeiro
- Distrito Federal
- Maranhão
- Paraíba
- Sergipe
- Tocantins
Essa divisão foi desenhada para garantir uma gestão compartilhada e estratégica nos principais centros eleitorais do país, ao mesmo tempo em que preserva a autonomia de cada partido nos seus redutos mais tradicionais. Em Pernambuco Dudu da Fonte dará as cartas! É isso aí!
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