A nova ala da unidade foi estruturada para acolher exclusivamente crianças de 0 a 14 anos, com triagem feita a partir da gravidade dos sintomas apresentados. Dez dos novos leitos são destinados à observação de pacientes classificados como verde, ou seja, com quadros leves, que necessitam apenas de monitoramento e cuidados básicos. Outros dez leitos foram destinados a casos de maior complexidade, com sintomas classificados como amarelos, exigindo intervenção clínica moderada. Um leito especial foi equipado com suporte completo para estabilização de casos considerados graves, com classificação vermelha, oferecendo monitoramento intensivo e assistência imediata.
O funcionamento ininterrupto da nova estrutura, em regime 24 horas, foi acompanhado também de reforço significativo no corpo de profissionais da unidade. A SES confirmou a contratação de 50 novos servidores, incluindo médicos pediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, além de profissionais das áreas de apoio, como maqueiros, porteiros e recepcionistas. Essa ampliação de pessoal garante que o atendimento aconteça com agilidade e segurança, mesmo nos momentos de maior demanda.
O investimento mensal do Governo do Estado para manter em funcionamento a nova estrutura é de R\$ 1 milhão, recurso destinado à cobertura de despesas com pessoal, insumos hospitalares, equipamentos e manutenção geral da unidade. A coordenadora geral da UPAE Petrolina, Fátima Michelle, destacou que, diante da emergência sanitária, a UPA está em total integração com a rede estadual de saúde, garantindo suporte e cuidado à população infantil. Ela enfatizou o comprometimento da unidade com a missão de acolher com qualidade e eficiência as crianças que buscam atendimento médico na região.
Segundo dados epidemiológicos das últimas semanas, Pernambuco vive uma fase de alta transmissão viral, especialmente de vírus como Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e outros agentes sazonais, o que tem gerado uma crescente procura por atendimento pediátrico nas unidades de saúde. O secretário executivo de Gestão Estratégica e Coordenação Geral (SEGECG) da SES-PE, Anderson Oliveira, alertou que o momento exige responsabilidade coletiva, especialmente por parte dos pais e responsáveis. Ele reforçou a recomendação de que crianças com sintomas respiratórios não frequentem creches ou escolas, além de evitar expô-las a locais com aglomerações, sobretudo aquelas com menos de dois anos de idade.
A escolha de Petrolina para receber a ampliação se dá pela importância estratégica da cidade no mapa da saúde regional. O município atende não só à população do Sertão do São Francisco, como também a pacientes oriundos de áreas vizinhas, inclusive de estados como Bahia e Piauí. A interiorização da assistência especializada, nesse contexto, representa um passo fundamental na democratização do acesso ao atendimento pediátrico, aliviando a pressão sobre hospitais da capital e garantindo respostas mais rápidas em um momento em que cada minuto pode ser decisivo para a vida de uma criança.
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