Na manhã desta quinta, tradicionalmente marcada pela baixa presença de parlamentares no plenário devido à movimentação dos deputados do interior rumo às suas bases eleitorais, a líder do Governo, deputada Socorro Pimentel (União Brasil), ocupou a tribuna com um discurso robusto, repleto de informações técnicas e dados financeiros, destacando as ações do Governo Raquel na Região Metropolitana do Recife. A fala foi uma resposta direta ao deputado Romero Albuquerque (União Brasil), que no dia anterior havia cobrado mais investimentos na capital e nos municípios vizinhos. Com a resposta pronta e articulada, Socorro Pimentel evidenciou programas, obras e recursos já em curso na área metropolitana, sinalizando que o Governo do Estado está atento às cobranças, mas também tem resultados para apresentar.
O contra-ataque mais assertivo não veio por acaso. Na tarde da quarta-feira anterior, um grupo de parlamentares governistas se reuniu no Palácio do Campo das Princesas com quatro secretários estaduais. O encontro teve como principal objetivo reforçar o discurso da tropa de choque aliada. Na reunião, os auxiliares do primeiro escalão da governadora detalharam projetos, programas e ações em andamento, oferecendo aos deputados uma espécie de “cartilha técnica” para que estivessem preparados para usar o plenário como arena de defesa do governo e também para rebater as “provocações” da oposição com argumentos sólidos. “Agora temos tudo na ponta da língua”, confidenciou um dos deputados presentes ao encontro, revelando que a articulação política está mais afiada do que nunca.
O efeito dessa mudança de postura pôde ser visto ao longo da semana, com diversos parlamentares governistas indo à tribuna relatar obras visitadas, programas em execução e conquistas de suas regiões. Além de Socorro Pimentel, também se destacaram nos discursos os deputados Luciano Duque, Joãozinho Tenório, Débora Almeida e Doriel Barros, todos com falas alinhadas e demonstrando sintonia com o núcleo duro do governo. A ordem é clara: não deixar crítica sem resposta e, mais que isso, transformar a Assembleia em um espaço de afirmação das ações do Executivo, demonstrando que o governo está ativo tanto na capital quanto no interior. O clima, agora, é de enfrentamento calculado, com a base governista deixando de lado o tom conciliador e assumindo uma postura de embate técnico e político mais firme dentro do parlamento estadual.
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