A lista de convidados incluía os 11 ministros da Suprema Corte, dos quais participaram o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, além de Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin. Embora o encontro não tivesse caráter oficial, o clima era de coesão institucional. Também marcaram presença no jantar os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, e Jorge Messias, advogado-geral da União, ampliando o peso político do evento. A ausência de André Mendonça, indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, já era esperada e havia sido antecipada pela Coluna do Estadão.
O jantar ocorreu em ambiente privado, mas em um momento público crucial, sinalizando não apenas uma tentativa de reforçar laços entre os chefes dos Três Poderes, mas também de blindar a imagem de Moraes diante da pressão internacional. A presença de ministros alinhados à atual gestão e de perfis mais tradicionais da Corte indica um movimento coordenado em defesa da legitimidade das instituições brasileiras, num cenário em que decisões do Judiciário passaram a despertar críticas fora do país.
O Palácio da Alvorada, sede oficial da Presidência da República, tornou-se palco de uma articulação silenciosa, mas potente. O gesto de reunir figuras centrais do Judiciário e do Ministério Público após o episódio envolvendo os Estados Unidos mostra que o governo Lula enxerga o episódio como algo que transcende o caso individual de Moraes, e que pode ameaçar a soberania das decisões internas do país. O encontro foi discreto, mas o registro fotográfico feito por Wilton Júnior, do Estadão, tornou pública a demonstração de unidade institucional diante de uma pressão externa sem precedentes.
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