Clarissa havia criticado a MP afirmando que o governo estaria “cobrando impostos do povo brasileiro”. A reação de Liana foi imediata e direta. Em sua conta no X (antigo Twitter), a petista acusou a parlamentar bolsonarista de distorcer os fatos e defendeu que o objetivo da medida era fazer justiça tributária.
“Deveriam ter coragem de dizer a verdade ao povo: o imposto era para as casas de apostas que lucram com a miséria do povo. Cobrar dos super-ricos e das bets a direita não quer…”, escreveu Liana, em tom crítico.
A vereadora também aproveitou o debate para reforçar a necessidade de fortalecer a base política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional. Segundo ela, apenas com parlamentares alinhados ao projeto popular do governo será possível avançar em pautas sociais e econômicas.
“Não basta apenas dizer que o Congresso é inimigo do povo. Precisamos renová-lo, elegendo deputados e deputadas comprometidos com o projeto popular que o presidente Lula representa”, afirmou.
A MP 1303, editada pelo governo federal, previa ampliar a tributação sobre a arrecadação das plataformas de apostas online, passando de 12% para 18%, com o intuito de reforçar a arrecadação e regular um setor que movimenta bilhões no país.
O embate entre Liana e Clarissa expôs, mais uma vez, a divisão ideológica que marca o cenário político pernambucano e nacional — de um lado, os defensores da taxação dos grandes lucros digitais; de outro, os que a classificam como mais um peso para o contribuinte.
Com discurso firme e alinhado ao Palácio do Planalto, Liana Cirne vem se consolidando como uma das principais vozes da esquerda no Recife, enquanto Clarissa Tércio mantém seu protagonismo entre os conservadores e evangélicos. O duelo entre as duas parlamentares reflete a disputa de narrativas que deve se intensificar à medida que o debate sobre justiça fiscal avança no país.
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