domingo, 13 de julho de 2025

MULHER GRÁVIDA DE GÊMEOS SURPREENDE COM NASCIMENTO DE TERCEIRO BEBÊ EM PARTO PREMATURO NO PARÁ

Em Cametá, no Pará, um caso inusitado chamou atenção na área da saúde materno-infantil. Roseane Dias Martins, que estava grávida de gêmeos, deu entrada no Hospital Materno-Infantil de Barcarena (HMIB) para o parto, mas acabou surpreendida com a chegada de um terceiro bebê, que não havia sido identificado em nenhum exame pré-natal. A gestação, já delicada por apresentar uma síndrome hipertensiva, complicação que exige cuidados intensivos, evoluiu para um quadro que exigiu internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O trabalho de parto prematuro aconteceu no dia 5 de junho, quando a equipe médica esperava o nascimento de dois bebês, mas, para surpresa de todos, surgiu um terceiro filho. A descoberta inesperada trouxe alegria e apreensão à família, que agora enfrentava a realidade de cuidar de três recém-nascidos prematuros. Os bebês, dois do sexo feminino e um do sexo masculino, receberam os nomes de Rafaela, Rosiane e Ravi. A situação exigiu cuidados especiais, já que os três apresentaram baixo peso ao nascer, característica comum em partos prematuros e que requer atenção constante para garantir o desenvolvimento saudável. Por conta disso, os três foram imediatamente encaminhados para a UTI neonatal do hospital, onde receberam monitoramento e suporte respiratório, além de outros tratamentos necessários para recém-nascidos em condições delicadas. Durante todo o período de internação, a equipe multiprofissional do HMIB esteve empenhada em acompanhar a evolução dos pequenos, realizando exames regulares e ajustes nas terapias para atender às necessidades individuais de cada bebê. O caso destacou também a importância dos cuidados obstétricos e neonatais em gestantes com síndromes hipertensivas, que demandam acompanhamento rigoroso para prevenir complicações que possam colocar em risco a mãe e os filhos. A surpresa com o terceiro bebê que não apareceu nos ultrassons reflete um desafio para a medicina diagnóstica, especialmente em gestações múltiplas, em que a visualização dos fetos pode ser prejudicada pela posição e pela proximidade entre eles. A situação vivenciada por Roseane e sua família ressalta a necessidade de estrutura hospitalar adequada para atendimento de casos complexos, com equipes especializadas em neonatologia e obstetrícia. Apesar das dificuldades iniciais, o nascimento dos três filhos gerou grande comoção na comunidade local, que acompanhou a evolução dos pequenos com expectativa e esperança. O hospital mantém o compromisso de oferecer toda a assistência necessária para garantir que Rafaela, Rosiane e Ravi possam ter um desenvolvimento saudável e receber alta assim que estiverem clinicamente estáveis. A gestação tripla inesperada serve como um lembrete da complexidade da vida e dos desafios que a medicina enfrenta ao lidar com situações singulares e delicadas durante o parto.

HISTÓRICO AGRESSIVO DE POLICIAL MORTO EM VAQUEJADA FORTALECE VERSÃO DE LEGÍTIMA DEFESA DE PREFEITO NO MARANHÃO

O caso envolvendo o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, e o policial militar Geidson Thiago dos Santos, morto a tiros durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no Maranhão, ganhou novos contornos com a revelação do histórico violento do PM. De acordo com informações que circulam entre os investigadores e advogados, Geidson acumulava uma série de ocorrências por conduta agressiva, abusos de autoridade e envolvimento em confusões armadas, o que tem servido como base para reforçar a tese de legítima defesa sustentada pela equipe jurídica do gestor municipal. A briga entre os dois teria começado após uma discussão banal, mas rapidamente escalou para uma troca de agressões, culminando no disparo fatal. Testemunhas ouvidas afirmam que o policial estava visivelmente alterado e teria sacado a arma primeiro, ameaçando o prefeito, que reagiu. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram momentos de tensão no evento, com pessoas tentando separar a briga. A defesa de João Vitor argumenta que a reação foi proporcional à ameaça, e que o gestor apenas agiu para preservar sua vida. As circunstâncias do confronto, somadas ao histórico do PM — que inclui registros de insubordinação e comportamento explosivo, inclusive contra colegas de farda — estão sendo analisadas como elementos cruciais para a elucidação dos fatos. Apesar do clima tenso na cidade, aliados políticos e familiares do prefeito têm manifestado apoio público, enquanto os advogados solicitam que as autoridades considerem o perfil do policial no momento de avaliar as responsabilidades. O inquérito segue sob sigilo, mas a expectativa é de que a conclusão da perícia e os depoimentos técnicos tragam mais clareza sobre a dinâmica do confronto que terminou em tragédia.

sábado, 12 de julho de 2025

EDUARDO BOLSONARO INCENTIVA EMPRESÁRIOS A DEIXAREM O BRASIL E INVESTIREM NOS EUA: “TRUMP OFERECE UM AMBIENTE MELHOR”

Durante uma transmissão ao vivo realizada na noite da última sexta-feira (11), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) provocou polêmica ao sugerir que empresários brasileiros considerem retirar seus investimentos do Brasil e levá-los para os Estados Unidos. A declaração veio na esteira do anúncio do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que Eduardo classificou como uma reação direta ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo Eduardo Bolsonaro, o Brasil voltou a ser um ambiente hostil para quem deseja empreender, apontando a retomada de pautas ambientais rigorosas lideradas pela ministra Marina Silva, o aumento da carga tributária sob o comando do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a instabilidade jurídica provocada, em sua visão, por decisões de Moraes. O parlamentar alegou que a combinação desses fatores tem afugentado o capital produtivo, tornando o cenário interno desfavorável para o crescimento do setor privado.

Durante a live, Eduardo afirmou que empresários nacionais deveriam encarar como um “convite” o gesto de Trump. “Olha, eu estou aqui colocando 50% de tarifa no Brasil por causa do seu presidente, do Lula, e principalmente por causa do Alexandre de Moraes. E se você, empresário brasileiro, quiser investir nos Estados Unidos, em semanas a gente coloca o seu processo adiante”, disse, imitando um possível discurso de Trump. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentou que os EUA oferecem mais segurança jurídica, liberdade econômica e acesso a acordos com outros países, fatores que, segundo ele, colocam o ambiente americano em posição muito mais favorável para os negócios.

Ao mencionar “o ambientalismo xiita da Marina Silva” e criticar o aumento da arrecadação sob o governo Lula, Eduardo usou tom inflamado para sustentar que a atual política econômica brasileira está na contramão do crescimento. “Se o governo Lula diz que imposto é bom, por que está reclamando agora?”, ironizou, referindo-se à reação negativa do Planalto às tarifas impostas por Trump.

Eduardo Bolsonaro também aproveitou o espaço para direcionar ataques ao STF, insinuando que o Judiciário brasileiro, na figura de Alexandre de Moraes, contribui diretamente para a insegurança jurídica no país. A menção constante ao magistrado reflete a estratégia adotada por aliados de Jair Bolsonaro em manter Moraes como alvo prioritário, especialmente em temas relacionados à liberdade de expressão, redes sociais e investigações envolvendo membros da extrema-direita.

Apesar de estar licenciado do mandato na Câmara dos Deputados, Eduardo segue atuando politicamente com forte presença digital, aproveitando suas redes para propagar discursos alinhados à direita norte-americana. A aproximação com Trump e a defesa de sua política comercial reforçam a narrativa de que o bolsonarismo ainda enxerga nos Estados Unidos um modelo a ser seguido, sobretudo quando comparado ao atual governo brasileiro. As falas de Eduardo alimentam o clima de tensão entre as esferas do poder e acirram ainda mais o debate sobre a condução da economia e da política externa no Brasil.

JULIO LOSSIO FILHO DESTACA ATUAÇÃO DE RAQUEL LYRA E CELEBRA MÊS DEDICADO À SAÚDE DA MULHER COM CARRETA EM PETROLINA

Petrolina dá início, nesta segunda-feira (14), a uma importante mobilização na área da saúde da mulher com a chegada da Carreta da Mulher Pernambucana, que permanecerá na cidade durante todo o mês de julho. A iniciativa do Governo de Pernambuco visa atender uma demanda crescente por exames preventivos e consultas ginecológicas, especialmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade ou com dificuldade de acesso aos serviços regulares do SUS. Logo nos primeiros dias, a unidade móvel funcionará na Praça Dom Malan, das 9h às 17h, com expectativa de grande procura. Após o período no centro da cidade, a carreta seguirá para os bairros João de Deus, José e Maria e Nova Petrolina, levando seus serviços a áreas mais periféricas.

A estrutura da Carreta da Mulher conta com equipamentos de ponta para a realização de mamografias, ultrassonografias de mama, colposcopias, punções e biópsias de lesões, além de consultas presenciais com ginecologista e teleinterconsulta com mastologista. Trata-se de um verdadeiro centro de saúde sobre rodas, preparado para acolher e orientar as usuárias com conforto, agilidade e qualidade técnica. Mulheres com idade entre 50 e 69 anos poderão realizar a mamografia por demanda espontânea, sem necessidade de encaminhamento médico. Já os demais procedimentos exigem agendamento via Central de Marcação de Consultas e Exames, a partir das requisições feitas nas Unidades Básicas de Saúde.

O projeto tem contado com apoio ativo do advogado e gestor Julio Lossio Filho, que vem acompanhando pessoalmente a logística da carreta, facilitando articulações com lideranças comunitárias e ajudando a garantir o acesso da população aos serviços. Filho do ex-prefeito Julio Lossio, ele ressaltou a importância da ação e a sensibilidade da governadora Raquel Lyra ao priorizar políticas públicas voltadas à saúde feminina. Segundo Julio, muitas mulheres de Petrolina esperavam há mais de um ano por exames como mamografia e ultrassonografia, o que gerava grande angústia e risco à detecção precoce de doenças graves, como o câncer de mama.

A chegada da unidade foi celebrada como uma resposta concreta a esse cenário. Julio destacou que a governadora Raquel Lyra tem demonstrado compromisso com as necessidades reais da população, governando com empatia e eficiência. Para ele, a Carreta da Mulher é uma prova de que é possível unir inovação tecnológica e gestão humanizada no atendimento à saúde pública. A iniciativa também contempla atividades educativas com foco na prevenção, orientando sobre o autoexame, sinais de alerta e a importância da periodicidade nos cuidados ginecológicos. A diretora-geral das Linhas de Cuidado Assistenciais da Secretaria Estadual de Saúde, Ana Paula Lucena, lembrou ainda que mulheres fora da faixa etária de rastreamento também podem ser atendidas, desde que apresentem requisição médica, especialmente aquelas com histórico familiar de câncer. Ao longo de julho, a expectativa é de que milhares de mulheres sejam atendidas pela Carreta em Petrolina.

TRUMP IMPÕE NOVAS TARIFAS DE 30% CONTRA MÉXICO E UNIÃO EUROPEIA EM ATO UNILATERAL APOIADO EM CRISE DO FENTANIL

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (11) a imposição de novas tarifas comerciais de 30% sobre produtos importados do México e da União Europeia, em mais um movimento unilateral que promete acirrar as tensões comerciais globais. A medida entrará em vigor no próximo dia 1º de agosto e já foi formalmente comunicada por meio de cartas enviadas diretamente à presidente mexicana Claudia Sheinbaum e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Trump argumenta que a decisão é parte de um esforço coordenado para conter a "crise nacional do fentanil", droga sintética altamente letal que, segundo ele, tem sido facilitada por redes transnacionais com raízes na América Latina e conexões logísticas no continente europeu.

As notificações fazem parte de uma ofensiva mais ampla da administração republicana, que já enviou pelo menos 25 cartas semelhantes a parceiros comerciais desde o início de julho. A carta ao México tem o mesmo tom da enviada ao Canadá no último dia 10, quando Trump também impôs tarifas semelhantes ao país vizinho. Segundo fontes da Casa Branca, o governo alega que o fluxo de insumos químicos e de precursores do fentanil, em parte provenientes do México e distribuídos via Europa, justifica medidas de retaliação econômica para pressionar os governos estrangeiros a adotarem políticas mais rígidas de fiscalização e repressão.

Autoridades mexicanas receberam a carta com preocupação e avaliam os impactos sobre setores estratégicos da economia, como o automotivo e o agrícola, que mantêm forte integração com o mercado norte-americano. Do lado europeu, a reação inicial foi de cautela, mas diplomatas em Bruxelas indicaram que a Comissão estuda levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC), sob alegação de violação das regras internacionais do comércio. A retórica de Trump, no entanto, tem forte apelo político interno e vem sendo reforçada por discursos em estados industriais como Ohio e Michigan, onde ele associa a epidemia do fentanil ao aumento da criminalidade e à falência de comunidades locais.

Nos bastidores, analistas políticos observam que a estratégia de confrontação comercial adotada por Trump em seu segundo mandato visa reposicionar os Estados Unidos como potência industrial autônoma, ao mesmo tempo em que enfraquece blocos comerciais considerados rivais estratégicos. A medida também pode ser entendida como um gesto eleitoral antecipado, mirando as eleições legislativas do próximo ano, em que o Partido Republicano busca ampliar sua maioria no Congresso. Apesar do impacto potencial sobre os preços ao consumidor e a cadeia produtiva americana, Trump aposta que a retórica de segurança nacional e combate às drogas justificará o endurecimento das relações com parceiros tradicionais.

A DISPUTA PELO SENADO EM PERNAMBUCO ANTECIPA 2026 E ESCANCARA GUERRA DE VISIBILIDADE NAS REDES E NAS RUAS

A corrida pelo Senado em Pernambuco, prevista apenas para 2026, já está nas ruas, nas redes sociais e nos bastidores com intensidade de campanha oficial. O cenário, antecipado em mais de um ano, é marcado por pelo menos oito pré-candidaturas que disputam espaço nas duas chapas majoritárias mais fortes do estado: a da governadora Raquel Lyra, que tentará a reeleição, e a do prefeito do Recife, João Campos, que deverá disputar o governo pela primeira vez. Como o pleito colocará em jogo duas vagas para o Senado, cada chapa poderá indicar dois nomes. Isso tem alimentado uma movimentação intensa, muitas vezes disfarçada de agendas parlamentares ou eventos administrativos.

No grupo de João Campos, estão alinhados o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Os dois têm feito aparições frequentes ao lado do prefeito, em agendas públicas, caminhadas e ações que revelam uma disputa velada por uma das duas vagas na chapa do PSB. Já Marília Arraes, que também se aproxima de João, aposta na força da memória eleitoral de 2022, quando perdeu para Raquel no segundo turno e aparece em primeiro lugar nas pesquisas para o Senado. Embora discreta, Marília circula nos bastidores como possível nome da esquerda na chapa de João, caso o PT resolva não participar da coligação com o PSB.

Na aliança da governadora Raquel Lyra, quem já está em plena pré-campanha é o deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual da Federação PP/União Brasil. Ele aposta na força da máquina e em uma estratégia menos performática e mais institucional, convertendo entregas de equipamentos hospitalares feitos com emendas suas e do filho Lula da Fonte em eventos políticos transmitidos pelas redes sociais. Eduardo também contabiliza apoios semanais de prefeitos e deputados estaduais em sua construção para garantir uma vaga na chapa da governadora.

Os senadores Humberto Costa (PT) e Fernando Dueire (MDB), apesar de pré-candidatos, ainda não definiram de forma clara suas alianças para 2026. Ambos têm optado por uma atuação mais reservada, focando nas entregas institucionais, em visitas a prefeitos e no uso das redes para amplificar suas ações no Senado. Humberto, ligado ao presidente Lula, poderá ser levado a compor com Raquel caso o PT nacional opte por aliança administrativa. Já Dueire tenta firmar a imagem de “senador municipalista”, mas evita entrar diretamente na disputa pelos palanques.

Do lado do bolsonarismo, Anderson Ferreira e Gilson Machado disputam internamente a preferência do ex-presidente para representar a direita na eleição ao Senado. Ambos são filiados ao PL e atuam como pré-candidatos independentes, sem se vincular diretamente às chapas de Raquel ou João. Gilson conta com a simpatia pública de Bolsonaro, enquanto Anderson insiste na força da direita no estado, que segundo ele é capaz de garantir uma das vagas mesmo sem coligação com os grandes blocos.

Em meio a tantas movimentações, especialistas como a cientista política Priscila Lapa alertam para o risco da fadiga eleitoral precoce. A busca desenfreada por visibilidade, marcada por agendas incessantes e estratégias de marketing digital, pode provocar o desgaste de nomes que ainda nem foram oficializados como candidatos. Apesar disso, o que se vê em Pernambuco é um jogo já em andamento, com alianças em formação e candidaturas que, embora não formalizadas, já ocupam espaços preciosos de mídia, influência e articulação política.


GARANHUNS ANTECIPA META NACIONAL E DISPARA EM ÍNDICE DE ALFABETIZAÇÃO INFANTIL

O município de Garanhuns, no Agreste Meridional de Pernambuco, conquistou um resultado expressivo na área da educação, superando a média estadual e nacional no mais recente levantamento do Ministério da Educação (MEC) sobre alfabetização na rede pública. De acordo com os dados referentes ao ano de 2024, 69,75% das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino foram consideradas alfabetizadas, número que coloca Garanhuns acima da média brasileira, que ficou em 59,2%, e também superior ao índice de Pernambuco, que foi de 60,79%. O resultado representa um salto importante em relação ao ano anterior, quando o município alcançou 52,3%, e consolida a tendência de melhoria observada nos últimos anos. Em 2021, o cenário era preocupante: um alto número de crianças não conseguia ler e escrever na idade esperada, o que acendeu o alerta da Secretaria Municipal de Educação. Desde então, uma série de medidas estruturantes começou a ser implementada com o objetivo de reverter o quadro. A administração municipal promoveu uma reestruturação no modelo pedagógico, investiu na ampliação e construção de novas unidades escolares, introduziu o ensino em tempo integral em diversas escolas, além de inaugurar creches e ampliar a oferta de vagas na Educação Infantil. Esses investimentos foram acompanhados por ações de formação continuada dos professores, adoção de materiais didáticos complementares e monitoramento contínuo da aprendizagem dos estudantes. O envolvimento dos profissionais da educação, desde a gestão escolar até os docentes e auxiliares, foi fundamental para transformar as salas de aula em ambientes mais acolhedores e focados no desenvolvimento integral das crianças. Os resultados já eram percebidos em avaliações internas da rede, mas agora foram validados nacionalmente com a divulgação oficial do MEC. O dado de 2024 não apenas reflete a consolidação de uma política educacional centrada na aprendizagem na idade certa, como também antecipa a meta prevista para ser atingida apenas em 2027, demonstrando que é possível avançar com planejamento, comprometimento e foco no que realmente importa: garantir que cada criança aprenda a ler e escrever nos primeiros anos da escola.

EDUARDO BOLSONARO CRITICA TARCÍSIO E DIZ QUE RETIRADA DE TARIFAS DOS EUA ENFRAQUECE PRESSÃO POR ANISTIA

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com veemência ao anúncio do fim das tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, a produtos brasileiros. Em uma publicação feita nas redes sociais nesta sexta-feira, Eduardo comparou o recuo norte-americano a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, expressão que vem sendo utilizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para pressionar por um perdão judicial que abarque os envolvidos em processos e investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 e outras ações consideradas antidemocráticas. A crítica surgiu logo após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgar que esteve reunido com o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, com quem discutiu alternativas de negociação para as tarifas e reforçou o compromisso de manter o diálogo com o empresariado paulista. Tarcísio afirmou que irá trabalhar com base em dados concretos, defendendo que “narrativas não resolverão o problema” e que a responsabilidade por soluções caberia a quem governa. A publicação do governador gerou desconforto imediato entre setores mais radicalizados do bolsonarismo, especialmente Eduardo, que teria manifestado irritação a aliados, interpretando o gesto como uma tentativa de esvaziar a pauta da anistia, prioridade para o grupo mais próximo de Jair Bolsonaro. Na sua publicação, Eduardo Bolsonaro declarou que qualquer negociação sem uma mudança de postura política no Brasil seria inócua e comparou a retirada das tarifas a um acordo “caracu”, termo pejorativo usado por militares nos anos 1980 para designar concessões unilaterais. O parlamentar acrescentou que, sem uma anistia que reestabeleça a elegibilidade de Bolsonaro e proteja seus aliados, o país caminhará rumo àquilo que ele chamou de “Brazuela”, numa referência depreciativa à combinação entre Brasil e Venezuela. Apesar da crítica pública, fontes próximas a Tarcísio afirmam que ele e Eduardo mantêm uma boa relação e que os dois conversaram por videochamada de maneira cordial na quinta-feira, data em que o deputado comemorou seu aniversário. A reunião com Escobar, porém, foi lida dentro do núcleo duro bolsonarista como um sinal de que Tarcísio começa a traçar seu próprio caminho político, abrindo espaço para agendas menos alinhadas ao discurso de confronto institucional que ainda move parte da base bolsonarista. Nos bastidores, o gesto também é interpretado como mais um capítulo da crescente tensão entre diferentes correntes da direita, entre os que defendem a reconstrução institucional e econômica por meio de articulações e os que mantêm a fidelidade absoluta a Jair Bolsonaro e à estratégia de enfrentamento direto com o Judiciário e com os adversários políticos.