segunda-feira, 14 de julho de 2025
MORTE DE JOVEM DURANTE BLITZ EM JABOATÃO GERA CONTESTAÇÃO E INVESTIGAÇÃO SOBRE AÇÃO POLICIAL
EDUARDO BOLSONARO DIZ QUE NÃO VOLTA AO BRASIL E ADMITE ABRIR MÃO DO MANDATO PARA FUGIR DE ALEXANDRE DE MORAES
Na entrevista, Eduardo declarou que não se sente seguro para regressar ao país enquanto, segundo suas palavras, “Alexandre de Moraes tiver força para me prender”. Ele afirma que sua decisão é uma forma de sacrifício pessoal, justificando a permanência nos Estados Unidos como uma missão em defesa daquilo que considera ser a liberdade ameaçada no Brasil. “Por ora, eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender”, reforçou o deputado, que já atuou como uma das vozes mais influentes da direita no Congresso Nacional. Para ele, o ambiente jurídico atual representa uma ameaça direta a sua liberdade e ao exercício parlamentar, tornando insustentável a volta ao país.
Eduardo Bolsonaro também declarou que está disposto a enfrentar as consequências de sua escolha, inclusive a perda de seu mandato. “Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui”, afirmou. Para ele, a atuação política que vem desenvolvendo nos Estados Unidos, embora não institucional, teria, segundo diz, um alcance maior do que o que poderia ser exercido dentro do Parlamento brasileiro. A declaração chama a atenção por evidenciar uma postura de ruptura com as normas convencionais do sistema democrático brasileiro, ao passo que reforça a narrativa de suposta perseguição contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista, o deputado também pontuou que sua influência política já não depende mais do mandato. Ele sustenta que o diploma parlamentar deixou de ser essencial para que ele possa abrir portas no exterior, especialmente nos círculos de direita e conservadorismo internacional. “Eu não preciso mais de um diploma de deputado federal para abrir portas e os acessos que tenho aqui”, disse, referindo-se às articulações que realiza nos Estados Unidos com instituições, lideranças conservadoras e think tanks de direita. Essa declaração acentua a percepção de que Eduardo busca consolidar um papel de liderança ideológica internacional, mesmo afastado fisicamente e institucionalmente do Brasil.
A posição de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio a um cenário de crescente tensão entre figuras da extrema direita brasileira e o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, que tem conduzido investigações sensíveis envolvendo o entorno bolsonarista. A fala do deputado fortalece o discurso de enfrentamento ao STF, ao mesmo tempo em que coloca em xeque os limites do mandato parlamentar frente às responsabilidades legais e constitucionais. Com a possibilidade de não retorno e consequente perda de mandato, a Câmara dos Deputados poderá em breve ser provocada a se posicionar oficialmente sobre a situação, o que pode gerar uma nova crise institucional entre os Poderes da República.
NOVA CLÍNICA ACADÊMICA DA AFYA É INAUGURADA EM GARANHUNS E PROMETE REVOLUCIONAR O ATENDIMENTO PELO SUS NA REGIÃO
Fruto de um investimento de mais de R$ 4 milhões, a nova unidade começa a funcionar no dia 28 de julho, mas a solenidade de inauguração reunirá autoridades locais, estaduais, profissionais da saúde e lideranças acadêmicas já nesta terça. O espaço conta com 27 médicos supervisores e 221 estudantes da Afya atuando em campo, além de uma estrutura física de ponta, com consultórios equipados, duas salas para pequenas cirurgias, sala exclusiva para otorrinolaringologia, exames de imagem e uma central de esterilização de última geração.
As especialidades contempladas nesta nova fase incluem cardiologia, geriatria, reumatologia, hematologia, mastologia, otorrinolaringologia e procedimentos ambulatoriais, tudo com acesso gratuito via regulação do SUS, em parceria com a V GERES. Segundo a diretora da Afya Garanhuns, Adriene Pereira, o objetivo é unir excelência acadêmica com compromisso social. “É um momento histórico para Garanhuns. Essa clínica representa o cuidado com as pessoas e, ao mesmo tempo, um grande avanço na formação médica de qualidade, voltada às reais necessidades da nossa população”, destaca.
A nova Clínica Acadêmica funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, somando esforços à atual Clínica-Escola, que segue em funcionamento no primeiro andar do Centro Médico do Agreste Meridional (CEMEPP). Nessa unidade já são oferecidas consultas em áreas como pediatria, psiquiatria, ortopedia, dermatologia, gastroenterologia, pneumologia, obstetrícia, infectologia, coloproctologia e colposcopia, além de exames como ultrassonografia — também todos mediante regulação.A Afya, responsável pela iniciativa, é reconhecida como o maior hub de educação e tecnologia para a prática médica do Brasil, com presença nacional em todas as regiões e protagonismo na formação de profissionais da saúde. No Agreste pernambucano, a chegada da nova clínica reforça não apenas a atuação da instituição como polo de excelência acadêmica, mas reafirma seu papel como agente ativo no fortalecimento da saúde pública regional, aproximando ensino, inovação e compromisso social em benefício direto da população.
GILSON MACHADO FILHO REBATE ANDERSON FERREIRA E DEFENDE UNIDADE DA DIREITA EM PERNAMBUCO: "NÃO HÁ ESPAÇO PARA FOGO AMIGO"
Em sua declaração, Gilson Filho demonstrou indignação e surpresa com o silêncio e a falta de solidariedade por parte da direção estadual do partido. “Desde a prisão de meu pai, o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, não entrou em contato para oferecer sequer um gesto de apoio”, afirmou o vereador. Ele classificou como “tristes” e “infundadas” as críticas públicas feitas por Anderson e reforçou que, num momento de adversidade, era esperado um gesto de união dentro do partido.
O vereador sublinhou que seu pai sempre buscou preservar a coesão da legenda e manter uma postura conciliadora, mesmo diante de disputas internas. “Gilson Machado sempre defendeu a unidade dentro do partido e tem buscado a paz, como demonstrado em diversas entrevistas”, frisou. Gilson Filho também recordou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, líder máximo do PL, já declarou que seu pai representa o bolsonarismo em Pernambuco — uma afirmação que, para ele, confirma a legitimidade de sua liderança regional.
O epicentro da polêmica está nas discussões internas sobre a formação da chapa para o Senado em 2026. O vereador reafirmou que o PL dispõe de duas vagas para candidaturas ao Senado e que a existência de mais de um nome pleiteando o posto não deveria ser motivo de conflito. “Não há problema algum em haver mais de um nome disputando esse espaço. O que devemos fazer é trabalhar juntos para que a direita se fortaleça, em vez de nos atacarmos internamente”, pontuou.
Gilson Filho fez questão de contextualizar seu apelo dentro do cenário político nacional, marcado por denúncias de perseguição contra líderes da direita. Citou os casos de Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro e até do próprio ex-presidente Bolsonaro como exemplos de figuras que vêm sendo alvo de investidas que, segundo ele, têm motivação ideológica. “Precisamos da união e não de ‘fogo amigo’ que só enfraquece essa nossa luta”, alertou.
O vereador também rebateu o que considera uma tentativa de silenciamento e deslegitimação por parte da liderança estadual da sigla. Sem citar diretamente o conteúdo das declarações de Anderson Ferreira, Gilson Filho sugeriu que os ataques partem de disputas de espaço e que poderiam ser resolvidas com diálogo e maturidade política. “As diferenças internas não podem superar o que realmente importa, que é a defesa dos princípios que nos unem.”
Encerrando sua manifestação, Gilson Filho reafirmou seu compromisso e o de seu pai com o fortalecimento da direita em Pernambuco e com um projeto político voltado para o desenvolvimento do estado. “Queremos paz, unidade e um projeto que beneficie Pernambuco e a direita em nosso estado. Esperamos que, em vez de críticas gratuitas, possamos contar com a colaboração e o respeito mútuo para avançarmos juntos.”
A manifestação de Gilson Machado Filho joga luz sobre as fissuras dentro do Partido Liberal em Pernambuco, especialmente no momento em que a legenda precisa consolidar nomes e alianças para a disputa eleitoral de 2026. O posicionamento também evidencia a tensão entre diferentes alas do bolsonarismo local, que, apesar de compartilharem pautas ideológicas semelhantes, disputam protagonismo e controle das estruturas partidárias no estado.
JUNTOS PELA SEGURANÇA: EM AÇÃO INÉDITA, GOVERNO DE PERNAMBUCO E ONU FIRMAM COMPROMISSO COM MUNICÍPIOS PARA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA
CIMBRES AFUNDA NO ABANDONO ENQUANTO PREFEITO VENDE TURISMO DE FÉ QUE NÃO EXISTE
As imagens que circulam nas redes sociais e foram enviadas por próprios aliados do prefeito, cacique Marcos, expõem a dura realidade. Pessoas que se declaram eleitoras fiéis do gestor aparecem utilizando enxadas, baldes e barro para tentar amenizar os efeitos da buraqueira. Os relatos apontam que veículos pequenos mal conseguem trafegar, e idosos têm dificuldade até para caminhar em segurança. Mesmo assim, o cacique Marcos, chefe do Executivo local, se encontra em agendas políticas e de feiras turisticas distantes — São Paulo, Brasília, Recife e outros destinos — onde se apresenta como líder de uma gestão modelo e vendedora de um turismo religioso que só existe no discurso oficial.
Em contraste com esse marketing institucional, Cimbres agoniza. A vila, que deveria ser referência de turismo de fé e religiosidade, transformou-se em ruínas. O acesso à vila está comprometido, a infraestrutura básica inexistente, e os moradores vivem mergulhados em condições de miséria. O sentimento de revolta é visível nos vídeos e nos áudios enviados por moradores: muitos deles dizem que já não acreditam mais em promessas e que só são lembrados no período eleitoral, quando seus votos voltam a ser disputados com migalhas e favores temporários. A realidade nua e crua se impõe aos visitantes: Cimbres, hoje, mais parece cenário de um faroeste abandonado do que um centro de peregrinação.
Mais grave ainda é o desperdício do potencial humano local. Artesãos, bordadeiras, agricultores e jovens com vocação artística e cultural vivem à margem, sem apoio, sem capacitação e sem estrutura para escoar sua produção. A cultura, o talento e a fé, que deveriam ser alicerces para o desenvolvimento da vila, estão sendo sufocados pela omissão do poder público. A romaria de Nossa Senhora de Cimbres, que atrai devotos de várias regiões, é mantida com sacrifício pelos próprios fiéis, sem nenhum investimento sistemático do município.
Cimbres já teve dias melhores. Já foi símbolo de esperança, lugar de encontros místicos e religiosos, ponto de acolhimento espiritual. Hoje, tornou-se símbolo da falência de um projeto de cidade que prometeu colocar Pesqueira no mapa do turismo nacional, mas que só se sustenta à base de discursos. O que se vê, ano após ano, é o distanciamento crescente entre a propaganda e a realidade, entre o que se vende fora e o que se abandona dentro. E no meio de tudo isso, está o povo de Cimbres, tentando sobreviver, rezando por dias melhores, e tapando buracos — literalmente — para que a fé não seja atropelada pelo descaso. É isso!