sábado, 19 de julho de 2025

COM NOVO ENDEREÇO, PALCO ESTAÇÃO INICIOU A PROGRAMAÇÃO NO FIG NESTA SEXTA-FEIRA (18)

A noite foi marcada pela apresentação de Capiba Caymmi no polo mais intimista do Festival
Na noite desta sexta-feira (18), o Festival de Inverno de Garanhuns deu início à programação do Palco Estação, um dos polos mais intimistas do evento, que agora acontece no Auditório da antiga Rádio Difusora, ao lado do Relógio das Flores. 
Quem abriu a programação foi o espetáculo Capiba Caymmi, apresentado pelos artistas Isadora Melo e Zé Manoel. Com uma performance envolvente e repleta de ritmos, a dupla levou ao público uma experiência cheia de brasilidade, com interação constante com o público, que cantou junto, se emocionou e se deixou levar pelo show.
Neste sábado (19), é a vez do cantor pernambucano Lucas Mamede subir ao Palco Estação. A apresentação está marcada para às 18h e os ingressos começam a ser distribuídos a partir das 17h no local do evento: Avenida Rui Barbosa, 1236, Auditório da Antiga Rádio Difusora, ao lado do Relógio das Flores.

Confira a programação completa:

19 de julho (sábado) – Lucas Mamede (PE)
20 de julho (domingo) – Sofia Freire (PE)
23 de julho (quarta-feira) – Renata Rosa (SP)
24 de julho (quinta-feira) – Silvério Pessoa (PE)
25 de julho (sexta-feira) – Banda de Pau e Corda (PE)
26 de julho (sábado) – Otto (PE), com o show Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos

Fotos: Paula Mayer

RAQUEL LYRA PARTICIPA DA 26ª SERENATA DA RECORDAÇÃO EM SANTA MARIA DA BOA VISTA NESTE SÁBADO

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, tem presença confirmada neste sábado, 19 de julho de 2025, na 26ª edição da Serenata da Recordação, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do São Francisco. O evento, marcado para as 20h30, será realizado na tradicional Praça Xisto Graciliano, no coração do centro histórico da cidade. Com raízes culturais profundas, a Serenata é um dos marcos do calendário boavistano e reúne gerações em uma noite de música, memória e emoção. A presença da governadora reforça o compromisso do Governo do Estado com a valorização das manifestações culturais do interior e sua preservação como patrimônio afetivo e turístico.

A Serenata da Recordação é conhecida por seu clima nostálgico, em que músicos, vestidos com trajes antigos e acompanhados de violões, serenam pelas ruas ao som de boleros, serestas e canções eternizadas nas décadas de 1950 a 1970. As janelas das casas se abrem para saudar a poesia da noite, e o público, tomado por sentimentos de saudade, acompanha a procissão musical com velas acesas e olhos marejados. Mais do que um espetáculo, é um ritual de resistência cultural em um mundo cada vez mais digital e acelerado.

A expectativa é de que Raquel Lyra caminhe junto ao cortejo e participe da cerimônia de abertura oficial ao lado do prefeito George Duarte e de lideranças regionais. A governadora deve ainda reforçar investimentos do Estado na cultura sertaneja, principalmente por meio da Fundarpe e da Secult, que têm ampliado o apoio logístico e financeiro a eventos tradicionais como a Serenata da Recordação. A movimentação também atrai visitantes de outras cidades do Sertão e do Agreste, contribuindo para a economia local, especialmente no setor de hospedagem e alimentação.

A programação inclui apresentações de corais, seresteiros consagrados da região e uma homenagem póstuma a Dona Lúcia Santana, uma das idealizadoras do evento. A praça será transformada em um verdadeiro cenário de época, com iluminação amarelada, arranjos florais, bancos antigos e sons que ecoam memórias. É um encontro de gerações, onde netos levam avós pela mão para reviver uma tradição que resiste ao tempo. A cada serenata entoada, revive-se um pouco da alma de Santa Maria da Boa Vista.

A presença da chefe do Executivo estadual também se conecta com o trabalho de interiorização das ações de governo, com Raquel Lyra buscando fortalecer os laços institucionais com os municípios do Sertão. É uma agenda simbólica, mas estratégica, num momento em que a governadora amplia sua base de apoio político em todas as regiões do estado. O acolhimento popular na cidade, que tem forte vínculo com a cultura e a música, deve marcar mais um momento de aproximação entre o governo estadual e a população sertaneja.


JUSTIÇA PROÍBE PROMOÇÃO PESSOAL DO PREFEITO DE SERRITA DURANTE A POLÊMICA MISSA DO VAQUEIRO DE 2025

No sertão pernambucano, a Missa do Vaqueiro, evento de tradição e fé criado em 1970 pelo padre João Câncio e o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, vive em 2025 um de seus momentos mais controversos. Marcada por forte simbolismo religioso e homenagem ao vaqueiro nordestino, a celebração foi este ano dividida em duas edições paralelas, impulsionadas por divergências políticas e críticas à transformação da festividade em um evento com viés cada vez mais comercial e menos litúrgico. A mudança gerou disputas judiciais, levando a Vara Única de Serrita a proibir, por meio de liminar, qualquer tentativa de promoção pessoal por parte do prefeito Aleudo Benedito (MDB) durante a programação oficial. A decisão estabelece multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento, limitada a R$ 150 mil, e se baseia em evidências de exaltações públicas ao gestor municipal durante ações patrocinadas com verbas públicas.

Os autos da ação mencionam discursos e inserções em que Aleudo teria sido enaltecido como responsável exclusivo pelas festividades, mesmo diante de recursos advindos de diferentes esferas governamentais. Enquanto a tensão jurídica se desenrola, documentos do Diário Oficial revelam contratos celebrados por inexigibilidade com artistas de projeção nacional. Somente a apresentação de Wesley Safadão foi contratada por R$ 1,1 milhão. A grade inclui ainda Henry Freitas, por R$ 565 mil, Joelma, por R$ 500 mil, e a dupla Iguinho e Lulinha, por R$ 400 mil. Também constam valores de R$ 200 mil para a cantora Walkyria Santos, R$ 80 mil para atrações representadas por William Produções e R$ 15 mil para o “Esquenta do Jacó”, nome atribuído a uma das festas que antecedem o evento principal entre os dias 17 e 20 de julho.

Paralelamente à contratação das atrações musicais, a Prefeitura de Serrita estabeleceu uma rígida tabela para exploração comercial e publicitária nos espaços do evento. De acordo com a regulamentação publicada, barracas, ambulantes, áreas de estacionamento e espaços VIPs devem pagar taxas para atuar durante os festejos, cujos valores variam conforme a localização — seja no tradicional Parque Padre João Câncio, reduto da missa original, ou na sede urbana do município. Também foi estruturado um plano de patrocínios com cotas classificadas entre “Fã”, com valor mínimo de R$ 1 mil, e “Master”, cujo piso é de R$ 100 mil, evidenciando a profissionalização e a mercantilização da festa que, outrora, se resumia à união de vaqueiros, bois, fé e poesia. O modelo atual, mais corporativo, tem sido alvo de resistência por parte de lideranças locais e religiosos, que denunciam o distanciamento da essência que deu origem à celebração.

COLUNA POLÍTICA — NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

O FIM DO PROTAGONISMO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

E A ERA HUGO MOTTA: UM INÍCIO DESASTROSO NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
Desde que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta tem colecionado mais dúvidas do que aplausos. Escolhido a dedo por Arthur Lira, que encerrou seu mandato com um legado de protagonismo e controle absoluto, Motta não conseguiu manter o pulso firme nem o protagonismo político que a Casa vinha exercendo. Sua gestão, ainda embrionária, já mostra sinais de esvaziamento institucional e político. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta sexta-feira. 

UM PARLAMENTO DESCONEXO COM AS RUAS
A atual legislatura vive uma crise de identidade. Enquanto o país discute emprego, saúde e segurança, a Câmara se ocupa com pautas de interesse corporativo, votações simbólicas e agendas que nada dizem à população. O povo, que já não se via representado, agora assiste a um Parlamento anestesiado, sem reação, e dominado por interesses de grupos fechados. A “Era Hugo Motta” começou longe da rua — e muito próxima do marasmo político.

O PRESENTE QUE LULA RECEBEU DE GRAÇA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisou mover uma peça para recuperar parte do protagonismo perdido com a queda de popularidade após seus primeiros meses de mandato. Foi Hugo Motta, inadvertidamente, quem lhe entregou essa vantagem. A fraqueza do Legislativo federal devolveu ao Executivo o espaço de comando da narrativa política nacional. Lula agradece. Sem um presidente de Câmara combativo e articulado, o Planalto avança com menos resistência.

O CENÁRIO DE FRAGILIDADE NO CENTRÃO
Mota não fala. Quando fala, não empolga. Quando age, gera controvérsia. Sua conduta tem exposto o Centrão a desgastes evitáveis. A ausência de uma liderança sólida e confiável fragiliza a própria base que o elegeu. Deputados já cochicham nos bastidores sobre arrependimentos e a possibilidade de mudanças de rumo. A fidelidade ao padrinho Lira começa a se desgastar com os erros em sequência do afilhado.

O SILÊNCIO QUE COBRA CARO
A principal crítica a Mota é a omissão diante dos principais embates nacionais. Enquanto o país discute PECs polêmicas, cortes orçamentários, e medidas impopulares, o presidente da Câmara se mantém distante, ensaiando uma postura de neutralidade que muitos interpretam como fraqueza. Seu silêncio tem custado caro: à imagem da Câmara, à força do Centrão e à credibilidade do Parlamento.

OS GESTOS COSMÉTICOS E A FALTA DE CONTEÚDO
Nos bastidores, comenta-se que Hugo Motta tem tentado construir uma imagem de sobriedade. Óculos redondos, cabelos grisalhos expostos, tom comedido nas entrevistas. Uma construção visual que tenta transmitir maturidade. Mas como bem se sabe em Brasília, aparência sem ação é narrativa vazia. O público interno não compra. A sociedade também não. E o Congresso, que exige comando, continua sem direção.

LIRA, O PAI ARREPENDIDO
Fontes ligadas ao núcleo político de Arthur Lira confirmam: o ex-presidente da Câmara já admite, em privado, que errou na escolha de seu sucessor. Havia outros nomes no radar, com mais musculatura e menos rejeição. Mas Motta foi o eleito, talvez por conveniência ou promessa de continuidade. O resultado, no entanto, tem sido o contrário: a ruptura com a imagem de força e comando construída nos últimos anos.

UM CONGRESSO EM CRISE E UM FUTURO EM ABERTO
Com a Câmara mergulhada em descrédito, Hugo Motta tem pouco tempo para reagir. Se quiser salvar sua gestão e, com ela, o papel institucional da Casa, precisará se reinventar com urgência: propor pautas populares, resgatar a liderança perdida e reconectar o Parlamento com as demandas reais da população. Caso contrário, entrará para a história como o presidente que fez o Legislativo encolher — enquanto Lula crescia no vácuo que ele deixou. E isso aí.

MORAES RECUA E DESCARTA COBRANÇA RETROATIVA DO IOF AO RESTABELECER DECRETO DE LULA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou nesta sexta-feira (18) uma nova decisão que altera um ponto sensível de seu despacho anterior sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Desta vez, Moraes voltou atrás quanto à possibilidade de cobrança retroativa das alíquotas elevadas pelo decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo ao princípio da segurança jurídica. Na prática, o ministro retirou a autorização que permitia que a Receita Federal cobrasse o IOF de forma retroativa durante o período em que o decreto esteve suspenso por decisão liminar.

A mudança ocorre apenas dois dias após o próprio Moraes ter determinado o restabelecimento da maior parte do decreto presidencial que majorou o tributo. A norma havia sido temporariamente barrada por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que presidia o plantão do STF. Com o retorno do expediente normal, Moraes reassumiu o caso e validou novamente o decreto, mas causou apreensão no setor financeiro ao deixar margem para a cobrança retroativa do imposto.

Na decisão desta sexta-feira, Moraes afirma que a complexidade e a dinâmica das operações financeiras que incidem o IOF impõem obstáculos à retroatividade da cobrança, pois isso poderia comprometer a previsibilidade e a estabilidade do sistema tributário. O magistrado destacou ainda que permitir a aplicação retroativa de alíquotas maiores poderia gerar um aumento injustificado de litígios entre o Fisco e os agentes econômicos, com potencial para prejudicar o ambiente de negócios e a confiança nas regras do sistema tributário nacional.

"Em respeito ao princípio da segurança jurídica, convém esclarecer que no período compreendido pela suspensão da eficácia do decreto presidencial não se aplicam retroativamente as alíquotas majoradas", escreveu Moraes. A nova interpretação traz alívio a instituições financeiras e empresas que, nos últimos dias, manifestaram preocupação com o risco de serem obrigadas a refazer cálculos e recolher diferenças de IOF de forma retroativa, o que poderia implicar em custos inesperados e elevado grau de insegurança.

Antes mesmo da nova manifestação do STF, a Receita Federal já havia sinalizado que não exigiria a cobrança retroativa do imposto em relação às instituições financeiras e demais responsáveis tributários. A Receita argumentou que aguardaria uma análise mais aprofundada para decidir como proceder em relação aos contribuintes que realizaram operações de câmbio ou contrataram empréstimos durante o período em que o decreto esteve suspenso.

A reversão parcial da decisão original de Moraes evidencia a sensibilidade do tema e a necessidade de equilíbrio entre a autoridade fiscal do Executivo e os direitos dos contribuintes. A cobrança retroativa de tributos, especialmente em cenários de instabilidade normativa, costuma ser fonte recorrente de controvérsias no Judiciário. O recuo do ministro indica uma tentativa de pacificar o ambiente jurídico e evitar novas disputas judiciais que poderiam se arrastar por anos.

A elevação do IOF determinada por decreto presidencial foi uma medida adotada pelo governo federal com o objetivo de aumentar a arrecadação. A legalidade do instrumento foi contestada por entidades do setor produtivo, que alegaram falta de urgência e ausência de discussão com o Congresso Nacional. No entanto, Moraes, ao restabelecer a maior parte do decreto, considerou que o Executivo tem competência para editar normas tributárias dessa natureza, desde que respeitados os princípios constitucionais.

A nova posição do STF também foi bem recebida por tributaristas, que apontaram coerência na ponderação feita pelo ministro entre o poder de tributar do Estado e os direitos fundamentais dos contribuintes. Ao excluir a retroatividade da cobrança, Moraes preserva a lógica da anterioridade tributária e reduz o potencial de judicialização, além de oferecer mais previsibilidade ao mercado.

Com a decisão, fica estabelecido que as novas alíquotas do IOF passarão a valer apenas a partir da data em que o decreto voltou a ter eficácia, desconsiderando o intervalo em que ele foi suspenso por decisão judicial. Assim, os contribuintes não poderão ser cobrados por valores adicionais de imposto referentes a esse período, e a Receita deverá observar esse entendimento em suas orientações futuras.

FORRÓ DO JEGUE ELÉTRICO ANIMA HOJE A ILHA DE ITAMARACÁ COM MÚSICA, TRADIÇÃO E HOMENAGENS CULTURAIS

A Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, se prepara para viver uma noite especial neste sábado (19), com a realização da terceira edição do Forró do Jegue Elétrico, um dos eventos mais esperados da agenda cultural local. Com início marcado para as 18h, a festa promete reunir moradores, turistas e forrozeiros de todas as idades em uma celebração vibrante das tradições nordestinas. A proposta do evento vai além do entretenimento: é um reencontro com as raízes culturais da Ilha, fortalecendo os laços comunitários por meio da música, da memória e da valorização de personagens marcantes da história local.

O Forró do Jegue Elétrico é mais do que um simples show de forró — é um cortejo de identidade e pertencimento que percorre as ruas e os corações da população de Itamaracá. Com um trio elétrico estilizado e decorado com motivos regionais, o jegue simbólico que dá nome ao evento representa o elo entre o passado e o presente, entre a cultura rural e o espírito festivo do povo pernambucano. Ao som contagiante de ritmos como o forró pé de serra, o xote, o baião e o brega romântico, a festa se transforma em um verdadeiro palco a céu aberto. Este ano, o line-up reúne artistas como Pablo Vaqueiro, Genilson Silva, Banda Aquarius, Banda Canarinhos e Miguel Ribeiro, que prometem animar a multidão com repertórios que mesclam clássicos do forró com sucessos contemporâneos.

A festa é também marcada por homenagens emocionantes. Nesta terceira edição, duas figuras emblemáticas da história cultural de Itamaracá serão reverenciadas: João Monteiro, conhecido por seu engajamento nas manifestações artísticas da Ilha, e Izaura Vieira de Souza (in memoriam), lembrada com carinho por sua dedicação à valorização das tradições populares. A memória desses personagens será celebrada com afeto e reconhecimento, em meio a discursos, apresentações e uma atmosfera de respeito àqueles que construíram o patrimônio imaterial da cidade.

Com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, o Forró do Jegue Elétrico ganha cada vez mais força como uma vitrine da cultura regional e uma importante ferramenta de promoção do turismo. A presença de visitantes de várias partes do estado e até de outras regiões do Brasil já é uma realidade no evento, impulsionando a economia local, especialmente os setores de alimentação, hospedagem e artesanato. A movimentação nas ruas e praias da Ilha durante o final de semana é visível, com famílias inteiras se dirigindo ao local do evento para participar dessa grande celebração popular.

Enquanto a noite se aproxima, moradores enfeitam suas casas e comerciantes ampliam os estoques para receber os forrozeiros com hospitalidade. Crianças correm com balões coloridos, idosos se acomodam nas calçadas para assistir às apresentações, e jovens organizam grupos para curtir cada instante da programação musical. A atmosfera é de festa, mas também de resistência cultural. O Forró do Jegue Elétrico se consolida como um espaço onde a tradição não apenas resiste, mas floresce com vigor, relembrando que a cultura do povo nordestino pulsa forte em cada acorde de sanfona e em cada batida do triângulo.

RAQUEL DIZ QUE SAFRA PERNAMBUCANA SERÁ EXPORTADA EM AGOSTO MESMO COM TARIFAÇO DE TRUMP

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), reforçou o compromisso do Estado com a manutenção das exportações da safra agrícola, mesmo diante das novas barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante solenidade realizada no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, onde entregou viaturas e equipamentos às forças de segurança pública, a chefe do Executivo estadual destacou que o governo está mobilizado para mitigar os impactos das tarifas de 50% recentemente anunciadas pelo presidente americano Donald Trump sobre produtos agrícolas e da indústria sucroalcooleira brasileira.

Segundo a governadora, a reação de Pernambuco foi rápida e estratégica. Um grupo de trabalho específico foi criado para acompanhar de perto o tema, reunindo representantes do setor canavieiro, da fruticultura, da área de comércio exterior e técnicos do governo estadual. Raquel Lyra enfatizou que a articulação entre os diversos setores tem como principal meta garantir que as exportações continuem fluindo, mesmo diante das novas restrições impostas pelo governo americano.

Pernambuco ocupa atualmente posição de destaque no cenário nacional como o maior exportador de frutas do Brasil, com destaque para uvas, mangas e outras frutas tropicais produzidas no Vale do São Francisco. Além disso, a indústria sucroalcooleira do Estado tem relevância estratégica para a economia local, movimentando cadeias produtivas ligadas à cana-de-açúcar, etanol e açúcar refinado. Com a aproximação da nova safra, prevista para agosto, o governo pernambucano busca assegurar que os contratos de exportação sejam cumpridos, evitando perdas econômicas e prejuízos para os produtores locais.

A governadora evitou adotar um discurso alarmista e optou por enfatizar a resiliência do setor produtivo pernambucano. “Não vamos falar de prejuízo, vamos falar de futuro”, disse Raquel Lyra, ao reafirmar a confiança na superação dos obstáculos comerciais por meio da organização e da força das cadeias produtivas do Estado. Ela também pontuou que o trabalho junto ao governo federal será fundamental, e que Pernambuco está em constante diálogo com o Ministério da Agricultura e com o Itamaraty para encontrar soluções diplomáticas e comerciais que amenizem os efeitos das tarifas.

Nos bastidores, empresários do setor de frutas já demonstram preocupação com o aumento de custos logísticos e a possibilidade de desvantagem competitiva frente a países que mantêm acordos bilaterais mais favoráveis com os Estados Unidos. Apesar disso, o clima nas reuniões conduzidas pelo governo estadual é de cautela ativa, apostando em rotas alternativas, abertura de novos mercados e, sobretudo, no fortalecimento da qualidade dos produtos pernambucanos como diferencial de competitividade.

A estratégia do Estado, segundo fontes próximas à governadora, inclui ainda articulações com a iniciativa privada e o reforço de parcerias com centros de pesquisa e inovação agrícola, no intuito de diversificar as possibilidades de escoamento da produção e reduzir a dependência do mercado norte-americano. A expectativa do setor é que, com planejamento, diálogo institucional e foco na excelência produtiva, Pernambuco mantenha sua liderança nas exportações, enfrentando o desafio imposto pelo protecionismo de Washington sem retrocessos.

PRF FAZ EXPOSIÇÃO NO PARQUE EUCLIDES DOURADO DURANTE O FIG

Exposição celebra 97 anos da Polícia Rodoviária Federal com helicóptero, cães farejadores e muita interatividade no Parque Euclides Dourado, em Garanhuns

Durante os dias 18 a 20 de julho, o Parque Euclides Dourado, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, será transformado em uma verdadeira vitrine da história, tecnologia e ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A exposição, que integra a programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), celebra os 97 anos da corporação com uma mostra interativa e educativa, voltada para o público de todas as idades.

A iniciativa busca aproximar a sociedade da instituição, por meio da exibição de viaturas históricas e modernas, motocicletas de patrulhamento, a Van do Cinema Rodoviário — que promove sessões educativas sobre segurança no trânsito — e um dos grandes destaques do evento: o helicóptero da PRF, que impressiona tanto pelo porte quanto pela importância nas operações de resgate e policiamento em áreas de difícil acesso.

Outra atração que promete encantar os visitantes são as apresentações dos cães farejadores, utilizados em operações de combate ao tráfico de drogas e localização de pessoas. A participação dos policiais do Grupo de Operações com Cães (GOC) da PRF chama a atenção não apenas pelo desempenho técnico dos animais, mas também pelo vínculo emocional entre cão e adestrador, o que reforça a dimensão humana do trabalho policial.

Neste cenário, a cadela Rubi se torna uma das estrelas do evento. Adestrada pelo experiente Inspetor Eduardo Castro, um dos pioneiros no uso de cães farejadores dentro da PRF, Rubi — da raça springer spaniel inglês — realiza uma série de truques e demonstrações que comprovam a eficácia de seu faro apurado. Com desenvoltura e carisma, a cadela conquista o público e ajuda a conscientizar sobre a importância do trabalho policial no combate ao crime.

Além das atrações práticas, a exposição conta com a presença de agentes de grupos especializados da PRF, que estarão à disposição para conversar com os visitantes, responder perguntas e apresentar curiosidades sobre a história e evolução da corporação desde a sua criação, em 1928. O espaço também terá painéis informativos, banners, vídeos institucionais e uma linha do tempo com os principais marcos da PRF ao longo das quase dez décadas de atuação.

Educação e conscientização

Mais do que um momento de celebração, a exposição tem como objetivo reforçar a importância da educação para o trânsito seguro. A Van do Cinema Rodoviário, por exemplo, oferece sessões com vídeos educativos para crianças e adolescentes, reforçando o papel da prevenção e da responsabilidade no comportamento de motoristas e pedestres.

A ideia é que, ao interagir com os equipamentos, os agentes e os cães, o público compreenda que a segurança no trânsito é uma missão coletiva — e que a PRF atua não apenas com fiscalização, mas também com ações educativas e de aproximação social.

Presente no Festival de Inverno

A escolha do Festival de Inverno de Garanhuns, um dos maiores eventos culturais do Nordeste, para sediar a exposição não é por acaso. A cidade se transforma em um polo de cultura, turismo e cidadania, recebendo milhares de visitantes de várias regiões do Brasil. Com isso, a exposição ganha maior visibilidade e amplia seu alcance, levando informação e interação a um público diversificado.

“Participar do Festival de Inverno é uma oportunidade ímpar de mostrar à sociedade quem somos, o que fazemos e como atuamos. A PRF é uma instituição que se reinventa, que investe em tecnologia, inteligência e, principalmente, na relação com a população”, afirma um dos organizadores da mostra.

Serviço:

Exposição dos 97 anos da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
📍 Local: Parque Euclides Dourado – Garanhuns (PE)
📅 Data: De 18 a 20 de julho de 2025
⏰ Horário: Das 14h às 18h
💡 Entrada gratuita

A exposição é uma oportunidade única para vivenciar de perto o cotidiano de uma das forças de segurança mais respeitadas do país e entender como a PRF atua em defesa da vida nas rodovias brasileiras. Seja por curiosidade, aprendizado ou admiração, o público é convidado a mergulhar nessa experiência.