quinta-feira, 24 de julho de 2025

DEPUTADO JEFERSON TIMÓTEO OFICIALIZA APOIO A EDUARDO DA FONTE: “É O MELHOR NOME PARA O SENADO”

O deputado estadual Jeferson Timóteo declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Eduardo da Fonte (PP) ao Senado. Presidente estadual do Partido Progressistas e da Federação União Progressista, Eduardo da Fonte será o responsável por conduzir os rumos da federação nas eleições de 2026.

Natural do Cabo de Santo Agostinho, Jeferson Timóteo foi o deputado estadual mais votado do município na última eleição. Em seu primeiro mandato, tem atuado fortemente em defesa do desenvolvimento econômico e turístico, da geração de empregos e do fortalecimento da área hídrica do estado.

Para Jeferson, Eduardo da Fonte representa a experiência, a força política e o compromisso que o estado precisa no Senado: “É o melhor nome para representar Pernambuco no Senado Federal. Eduardo da Fonte tem trabalho comprovado, conhece o nosso estado como poucos e tem sido uma liderança fundamental para garantir investimentos e oportunidades para o nosso povo”. 

Com a declaração de apoio, Jeferson Timóteo reforça o alinhamento entre as lideranças do Progressistas e a construção de um projeto sólido para o futuro político de Pernambuco com Eduardo da Fonte no Senado.

PREFEITURA DE GOIANA DIVULGA PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE SANT'ANA COM GRANDES ATRAÇÕES

A Prefeitura de Goiana, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Cultural, realiza, entre os dias 25 e 27 de julho, a tradicional Festa de Sant’Ana, padroeira do distrito de Carne de Vaca, no litoral norte de Pernambuco. O evento promete unir fé, cultura e entretenimento. Entre os destaques da programação estão Belo, João Gomes, Mel com Terra e Priscila Senna.

O palco da festa será montado na avenida Beira-Mar, no centro da comunidade, para receber moradores, veranistas e turistas, além dos fiéis em homenagem a Sant’Ana.

Além da parte musical, a Festa de Sant’Ana reforça a tradição religiosa do povo goianense. Missas do novenário acontecem desde o dia 18 na Capela de Sant’Ana. A procissão com a venerada imagem de Sant'Ana percorrerá as principais ruas da comunidade neste próximo domingo (27), às 16h30. Na praça em frente à capela, tem o polo cultural e religioso com atrações diárias e barracas de artigos religiosos como parte do calendário da paróquia local, reunindo devotos da padroeira em momentos de espiritualidade e devoção.

O evento também movimenta a economia local, gerando renda para comerciantes, ambulantes, empreendedores e prestadores de serviço, além de fortalecer o turismo regional.

Para o prefeito Marcílio Régio, a valorização das festas tradicionais é um compromisso com a história e identidade do povo de Goiana. “A Festa de Sant’Ana representa a fé e a cultura de um povo que se orgulha de suas raízes. Estamos promovendo um evento bonito, seguro e estruturado para toda a população”, destacou.

Os shows têm início às 21h e são gratuitos. A expectativa é de que o evento contribua para consolidar ainda mais Carne de Vaca como importante destino turístico e cultural da região.

Serviço:
📍 Festa de Sant’Ana – Padroeira de Carne de Vaca
📅 De 25 a 27 de julho de 2025
🎤 Programação:
- Dia 25 (Sexta-feira)
Polo Cultural e Religioso
21h - Diácono Rômulo

Polo Principal
21h - Júnior e Banda Canibal
22h30 - Mel com Terra 
00h - Priscila Senna

- Dia 26 (Sábado)
Polo Cultural e Religioso
18h30 - Orquestra Raio de Sol
20h30 - Coco de Vanda

Polo Principal 
21h - Dudu Soluê 
22h - Malu
23h - Cosminho
00h30 - Belo

- Dia 27 (Domingo)
Polo Cultural e Religioso 
16h - Orquestra do Maestro Nininho
20h - Filhos de Maria

Polo Principal 
21h - Hiago Rabelo 
22h - Rabo de Saia
23h - João Gomes

DESPEDIDA DE PRETA GIL SERÁ NO THEATRO MUNICIPAL DO RIO COM VELÓRIO ABERTO AO PÚBLICO NA SEXTA-FEIRA

O Brasil se prepara para um momento de grande emoção e despedida nesta sexta-feira (25), quando será realizado o velório da cantora Preta Gil no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h às 13h, conforme anunciou a família da artista por meio de um comunicado publicado em suas redes sociais. “Celebraremos sua vida, arte e legado”, diz a postagem, que mobilizou uma onda de comoção entre fãs, colegas de profissão e admiradores de sua trajetória artística e pessoal. A escolha do Theatro Municipal como local da despedida reflete o reconhecimento à importância cultural da cantora, que se destacou nas últimas décadas como uma das vozes mais autênticas da música brasileira.

Preta Gil faleceu no último domingo (20), aos 50 anos, vítima de complicações causadas por um câncer no intestino, diagnosticado em janeiro de 2023. A artista estava em Nova York, nos Estados Unidos, onde se submetia a um tratamento experimental na tentativa de conter a evolução da doença. De acordo com relatos da família, ela se preparava para retornar ao Brasil quando passou mal a caminho do aeroporto. Uma ambulância foi acionada às pressas, mas apesar dos esforços da equipe médica, a cantora não resistiu.

Filha do consagrado cantor e compositor Gilberto Gil, Preta construiu uma carreira marcada pela irreverência, coragem e defesa da liberdade de expressão. Ao longo de sua vida, foi além da música: tornou-se símbolo de empoderamento feminino, combate à gordofobia e enfrentamento de preconceitos. Participou de programas de televisão, desfiles de carnaval e diversas campanhas sociais, sempre com uma postura firme, bem-humorada e engajada. Sua morte representa uma perda significativa para a cultura brasileira, que reconhece em sua figura uma artista completa, carismática e de posicionamentos contundentes.

No velório, é esperada a presença de nomes importantes da cena artística, política e cultural do país, além de familiares e amigos próximos. A cerimônia terá um caráter de celebração da vida, como sempre desejou Preta. A movimentação no entorno do Theatro Municipal deverá ser intensa, e a Prefeitura do Rio prepara um esquema especial de segurança e organização para garantir o acesso do público e o respeito à memória da cantora. Fãs têm prestado homenagens nas redes sociais e devem comparecer em grande número com flores, cartazes e mensagens de carinho.

Preta Gil deixa um legado que transcende o campo musical. Sua forma de viver e se comunicar, com franqueza e generosidade, impactou profundamente o debate público sobre saúde mental, autoestima, diversidade e inclusão. Mesmo durante a luta contra o câncer, usou suas plataformas para compartilhar reflexões, medos e esperanças, conectando-se ainda mais com seu público. Ao anunciar sua morte, a família ressaltou não só a dor da perda, mas também o orgulho por sua força diante das adversidades. Seu último desejo, agora atendido, era voltar ao Brasil. Ainda que o reencontro com os brasileiros ocorra de forma dolorosa, será também uma ocasião de reverência e gratidão por tudo que ela representou.

RAUL HENRY EXALTA JOÃO CAMPOS E AFIRMA QUE PREFEITO SUPERA ATÉ MESMO JARBAS E EDUARDO

Em discurso inflamado durante evento da Fundação Ulysses Guimarães, em Vitória de Santo Antão, o ex-deputado federal Raul Henry surpreendeu o mundo político ao fazer uma declaração de peso: segundo ele, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), reúne mais virtudes e talentos que todos os seis governadores de Pernambuco com quem conviveu — incluindo figuras centrais de sua trajetória, como Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos. A fala causou frisson nos bastidores da política estadual, sobretudo por vir de alguém que sempre foi visto como uma das vozes mais ponderadas e diplomáticas do MDB pernambucano.

O ex-vice-governador fez questão de listar nominalmente os líderes com quem caminhou ao longo de décadas de vida pública: “Convivi com doutor Miguel Arraes, com Jarbas Vasconcelos, com Marco Maciel, com Roberto Magalhães, com Eduardo Campos e com Paulo Câmara”, enumerou. Em tom de admiração, destacou que João, apesar da juventude, possui um conjunto de qualidades que supera a soma de todos os antecessores. “Você tem mais talento e mais virtudes do que os seis reunidos. Eu posso lhe dizer isso”, disse Henry, olhando diretamente para o prefeito presente no auditório.

A declaração adquire um peso ainda maior pelo contexto em que ocorre. Raul Henry acaba de ser eleito presidente estadual do MDB após uma disputa interna marcada por tensões políticas e familiares. Seu adversário foi ninguém menos que Jarbas Filho, herdeiro político de Jarbas Vasconcelos, o mentor que o impulsionou na carreira pública nas décadas de 1990 e 2000. A vitória de Henry foi viabilizada pelo apoio direto de João Campos, numa reconfiguração do mapa interno do partido no estado que deixou marcas visíveis.

Mais do que uma homenagem, o elogio público de Raul a João é também um gesto estratégico. Ao vincular seu prestígio à figura do prefeito recifense, o presidente estadual do MDB busca consolidar a aliança entre a legenda e o PSB de olho em 2026. João Campos, nome cada vez mais forte nas rodas de Brasília, é visto como potencial candidato ao Governo de Pernambuco ou até mesmo à Presidência da República. Garantir o MDB em seu palanque é missão prioritária para o jovem socialista, e Raul se posiciona como a ponte mais sólida para isso.

Mas o caminho não está livre. O senador Fernando Dueire, que tem se movimentado para disputar a reeleição, é hoje o principal obstáculo dentro da legenda. Dueire conta com o respaldo da direção nacional do MDB e do próprio Jarbas Vasconcelos, ainda influente na cúpula emedebista. Ele enxerga a aproximação com João Campos como ameaça à sua permanência no Senado, e articula para que o partido mantenha autonomia na próxima disputa majoritária.

Com a declaração pública feita em Vitória, Raul Henry não apenas pavimenta seu alinhamento com João Campos como também expõe a rachadura definitiva com Jarbas, seu antigo padrinho político. A frase em que afirma que o filho de Eduardo Campos tem mais virtudes que todos os ex-governadores com quem conviveu soa como um divisor de águas em sua trajetória. Se para João é um elogio que fortalece seu capital político, para Jarbas e seus aliados é um golpe simbólico — um sinal claro de que a disputa pelo MDB está longe de arrefecer.


MORAES BLOQUEIA AS CONTAS DA MULHER DE EDUARDO BOLSONARO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio da conta bancária de Heloisa Wolf, mulher do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo aliados de Eduardo, Heloísa não teria sido notificada pela Corte, mas sim pelo banco ao tentar realizar uma transferência.

Eduardo, investigado no Supremo por coação no curso do processo, obstrução de Justiça por costurar sanções americanas contra instituições brasileiras, além de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, anunciou na última terça que teve suas contas restringidas pelo tribunal. Os dois vivem nos Estados Unidos desde março, quando o parlamentar anunciou um autoexílio no país. As informações são do jornal O Globo.

No início da noite desta quarta, Eduardo Bolsonaro se manifestou sobre o assunto em seu perfil no X e compartilhou o print da tela de um celular reproduzindo uma mensagem do aplicativo do Itaú informando “Transação não concluída. Não é permitida a emissão de Pix de conta bloqueada”.

“Minha esposa, Heloísa, que não é política e nem milita nesta área, teve suas contas bancárias bloqueadas sem qualquer justificativa legal. Trata-se provavelmente de mais um ato arbitrário ordenado por Alexandre de Moraes – digo provavelmente pois jamais fui sequer citado dos inquéritos que ele recentemente abriu contra mim, mas ontem resultaram igualmente nos bloqueios das minhas contas”, afirmou o deputado.

O inquérito contra Eduardo está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, relator das principais investigações que vêm fechando o cerco contra o ex-presidente e seus aliados, como o inquérito das fake news, das milícias digitais e as ações penais da trama golpista – este último caso pode levar à prisão de Bolsonaro ainda neste ano.

Heloísa não é investigada pelo Supremo. A estadia da família nos EUA vinha sendo bancada com o dinheiro arrecadado com doações via Pix de apoiadores de Jair Bolsonaro, conforme anunciado pelo próprio ex-presidente. A origem do financiamento do exílio de Eduardo foi uma das bases para a abertura do inquérito contra o deputado do PL, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Desde a última sexta-feira, pai e filho estão proibidos de se comunicar por determinação do STF no âmbito do mesmo inquérito. A escalada ocorreu após o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente americano, Donald Trump, em retaliação a uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente brasileiro. Em um primeiro momento, Eduardo reivindicou protagonismo na articulação da medida junto à Casa Branca.

Procurado, o STF não se manifestou. O Itaú, por sua vez, alegou que “por questão de sigilo bancário, não comenta casos específicos de clientes”.

Atuação nos EUA
Eduardo vinha trabalhando junto à Casa Branca e a aliados de Trump no Congresso pela implementação da chamada Lei Magnitsky Global contra Moraes. O texto, aprovado no governo Barack Obama (2009-2017), prevê a punição de autoridades estrangeiras violadoras de direitos humanos através de restrições comparadas nos bastidores dos EUA a uma “pena de morte financeira”.

O filho 03 de Bolsonaro também atuava por outras sanções, como o cancelamento de vistos e a proibição da entrada de Moraes e outras autoridades do Judiciário brasileiro em solo americano. Trump, porém, anunciou no último dia 9 sanções comerciais que racharam a direita em função dos impactos econômicos das tarifas.

À época do anúncio das tarifas, o filho 03 do ex-presidente justificou em um longo comunicado que Trump “corretamente” entendeu que Moraes “só pode agir com o respaldo de um establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária” e que “esse establishment também precisa arcar com o custo dessa aventura”.

Agora, porém, o deputado licenciado tem buscado se afastar da retaliação de Trump, ao mesmo tempo em que segue apoiando as tarifas como forma de pressão por uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para bolsonaristas na mira da Justiça

AVIÃO COM DEZENAS DE PESSOAS CAI NA RÚSSIA, NÃO HÁ SOBREVIVENTES

Autoridades sugerem que todas as 49 pessoas a bordo morreram; fuselagem em chamas da aeronave, que era da era soviética e tinha quase 50 anos, foi avistada no solo
Da Reuters
Local da queda do avião que desapareceu na Rússia 
A autoridade de aviação civil da Rússia divulgou um vídeo do avião de passageiros que caiu no extremo leste russo na manhã de quinta-feira (24).

A aeronave Antonov An-24 transportava quase 50 pessoas. As informações iniciais sugeriam que todos a bordo morreram, disseram autoridades dos serviços de emergência.

A fuselagem em chamas do avião, que era da era soviética e tinha quase 50 anos, foi avistada no solo por um helicóptero e equipes de resgate correram para o local

O avião, cujo número de cauda indicava que foi construído em 1976, era operado por uma companhia aérea com sede na Sibéria chamada Angara.

Ele saiu da cidade de Blagoveshchensk para Tynda e desapareceu dos radares ao se aproximar do destino, uma cidade remota na região de Amur, na fronteira com a China.

Havia 43 passageiros, incluindo cinco crianças, e seis tripulantes a bordo, segundo dados preliminares, disse Vasily Orlov, governador regional.


O Ministério de Emergências estimou o número de pessoas a bordo um pouco menor, em torno de 40.

Destroços do avião foram encontrados em uma colina a cerca de 15 km de Tynda, segundo a agência de notícias Interfax, citando autoridades dos serviços de emergência.

“Durante a operação de busca, um helicóptero Mi-8 pertencente à Rossaviatsiya descobriu a fuselagem da aeronave, que estava em chamas”, escreveu Yuliya Petina, autoridade dos serviços de emergência, no Telegram. “Equipes de resgate continuam a caminho do local do acidente.”

Autoridades anunciaram uma investigação sobre o acidente

LULA E JOÃO CAMPOS DISCUTEM SOBERANIA NACIONAL E TARIFAÇO DOS EUA EM REUNIÃO NO PLANALTO

Em meio a um cenário de tensões econômicas e estratégicas no comércio internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, o prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, para uma reunião de alto nível que contou também com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do deputado federal Pedro Campos. A conversa, que durou cerca de uma hora e meia, foi marcada por análises sobre o impacto das medidas unilaterais anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto.

O encontro foi solicitado pelo próprio João Campos, que na última semana já havia se posicionado publicamente contra a decisão norte-americana. Na ocasião, o prefeito pernambucano classificou o aumento tarifário como um “ataque à soberania comercial do Brasil” e defendeu uma resposta articulada entre as forças políticas do país. O tema voltou com força à mesa nesta terça, agora sob a chancela da institucionalidade e com o reforço de lideranças da base aliada do governo Lula, indicando que o PSB pretende não apenas se manter coeso com o Planalto, mas também influenciar diretamente nas ações de reação geopolítica e econômica.

Nas redes sociais, João evitou citar diretamente os desdobramentos eleitorais de 2026, mas a presença de figuras centrais do PSB e do PT no mesmo ambiente, em um momento de forte repercussão política, não passou despercebida por interlocutores do governo. Embora o foco oficial da conversa tenha sido a defesa da soberania nacional e a construção de uma agenda econômica de reação ao tarifaço, bastidores indicam que os laços entre as duas legendas para o próximo ciclo eleitoral também entraram em pauta de maneira indireta. O próprio João Campos já sinalizou, em outras ocasiões, que o PSB deseja a manutenção de Alckmin como vice em uma eventual chapa com Lula.

Ao comentar a reunião, João escreveu que o momento pede “alinhamento estratégico e institucional” para que o Brasil possa defender seus interesses no cenário internacional. Segundo ele, é papel dos partidos aliados construírem, ao lado do governo, mecanismos eficazes para garantir a competitividade da produção nacional e a proteção dos setores produtivos mais atingidos pelas novas tarifas. A fala de João reforça sua imagem de liderança nacional em ascensão e também o papel de protagonista que vem assumindo dentro do PSB, especialmente em um contexto onde o partido busca manter influência no governo federal e consolidar palanques fortes nos estados.

O ministro Márcio França, ex-governador de São Paulo e um dos articuladores mais próximos de João Campos, também participou ativamente da reunião, defendendo um plano emergencial para as micro e pequenas empresas que exportam produtos atingidos pelas tarifas norte-americanas. A proposta, segundo fontes do Planalto, é criar uma frente multissetorial que inclua entidades empresariais, governadores e parlamentares em torno de uma resposta que una diplomacia, incentivo econômico e pressão nos organismos multilaterais.

Embora o tom da reunião tenha sido técnico e institucional, o simbolismo político foi evidente. Em plena Esplanada, o PSB reafirmou sua sintonia com o Planalto, em um gesto que também mira o fortalecimento do campo progressista para os embates que se avizinham. A presença do deputado Pedro Campos, irmão do prefeito, também foi vista como um movimento de fortalecimento do núcleo político da família Campos em Brasília.

MPPE CONCEDE SELO DA TRANSPARÊNCIA A PREFEITOS, MAS ALERTA PARA POSSÍVEIS EXCESSOS NOS GASTOS JUNINOS

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) concedeu, neste mês de julho, o Selo da Transparência a diversos prefeitos do estado que disponibilizaram os valores pagos aos artistas contratados para os festejos juninos de 2025. A certificação, contudo, não representa um atestado de idoneidade ou de regularidade na aplicação dos recursos públicos. O próprio procurador-geral de Justiça, José Paulo Cavalcanti Xavier Filho, fez questão de frisar que o selo é um reconhecimento pela atitude de tornar públicos os cachês, e não uma chancela automática da legalidade dos contratos realizados com artistas cujos valores, em alguns casos, chegaram a cifras superiores a R\$ 1,2 milhão.

Segundo José Paulo, a divulgação dos dados é o primeiro passo dentro de uma política de incentivo à transparência. No entanto, a análise sobre a pertinência ou excessos dos gastos permanece sob responsabilidade das Promotorias de Justiça de cada município. É nas comarcas que os promotores devem verificar se os recursos foram utilizados de forma proporcional à realidade financeira local e ao interesse público. Se forem identificadas distorções, como cachês incompatíveis com o orçamento municipal ou ausência de justificativas plausíveis, o Ministério Público pode adotar providências legais para apurar possíveis atos de improbidade administrativa.

O painel de transparência desenvolvido pelo MPPE permite o lançamento imediato dos dados relativos às contratações, mas não substitui a prestação de contas formal nem a análise detalhada que cabe a cada Promotoria. José Paulo reforçou que a defesa do patrimônio público exige atenção permanente e que os gestores que extrapolarem ou desviarem finalidades com os recursos públicos serão responsabilizados. A iniciativa do selo, portanto, busca estimular a cultura da transparência, mas não elimina a vigilância do Ministério Público sobre os atos da administração.

O procurador-geral também aproveitou para abordar outro ponto sensível envolvendo os festejos juninos: a presença e atuação de políticos nos palcos dos eventos públicos. José Paulo alertou que a utilização de espaços culturais e artísticos para promoção pessoal de gestores, secretários ou parlamentares pode configurar abuso de poder político. Ele lembrou que a Constituição proíbe a personalização da máquina pública e destacou que qualquer cidadão ou entidade pode provocar o MPPE a investigar esse tipo de prática, considerada uma afronta à moralidade administrativa.

Ao reiterar que o Ministério Público pode agir por conta própria ou mediante denúncia, o chefe da instituição afirmou que os princípios constitucionais que regem a administração pública não admitem flexibilizações durante os eventos festivos. Segundo ele, discursos com viés eleitoral, agradecimentos com apelo pessoal ou associações indevidas entre a imagem do gestor e os artistas patrocinados com verba pública são inaceitáveis. A atuação do órgão fiscalizador, conforme frisou José Paulo, será rigorosa sempre que identificados sinais de uso político dos festejos.

Apesar do reconhecimento concedido com o Selo da Transparência, o Ministério Público quer deixar claro que a observância à legalidade, à moralidade e à economicidade permanece sob acompanhamento constante. A divulgação dos cachês é um avanço no controle social, mas está longe de encerrar a responsabilidade dos prefeitos e organizadores dos festejos com a correta aplicação dos recursos públicos. O foco, segundo o MPPE, deve ser o interesse coletivo e a coerência dos investimentos com a realidade de cada município.
Uu