terça-feira, 30 de dezembro de 2025

CÂMARA DE IPOJUCA GARANTE MAIS DE R$ 13 MILHÕES PARA FORTALECER ATENDIMENTO A PESSOAS COM AUTISMO A PARTIR DE 2026

O atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Ipojuca dará um salto significativo a partir de 2026. A Câmara Municipal destinou mais de R$ 13 milhões em emendas parlamentares para a Associação Pernambucana de Autismo, Comportamento e Intervenção (APACI), consolidando um dos maiores investimentos já realizados no município voltados exclusivamente à inclusão e ao cuidado especializado de pessoas com autismo.

Os recursos serão aplicados no fortalecimento e na ampliação dos serviços oferecidos pela APACI, entidade civil sem fins lucrativos que atua no centro de Ipojuca e é referência no atendimento a crianças, adolescentes e adultos com TEA. Atualmente, a instituição atende centenas de famílias e desenvolve um trabalho reconhecido nas áreas de intervenção precoce, reabilitação funcional, inclusão social e suporte contínuo aos responsáveis.

Com o aporte financeiro assegurado pelos vereadores, a expectativa é ampliar o número de atendimentos, reduzir filas de espera e qualificar ainda mais o acompanhamento terapêutico. O investimento permitirá a expansão do atendimento multidisciplinar, com reforço na atuação de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos e profissionais especializados na Metodologia ABA, além da aquisição de materiais e equipamentos específicos para fisioterapia e outras terapias.

Outro ponto de destaque é a melhoria da infraestrutura da entidade. As emendas possibilitarão a requalificação das salas de atendimento, a criação de novos projetos terapêuticos e a modernização dos espaços utilizados pelas crianças e jovens atendidos. A iniciativa também contempla ações complementares de saúde, como a realização de exames oftalmológicos e a distribuição de óculos com lentes prescritas, garantindo mais qualidade de vida e bem-estar aos pacientes.

A APACI trabalha com avaliações individualizadas e planos terapêuticos personalizados, respeitando as necessidades específicas de cada pessoa com TEA. Além do atendimento clínico, a instituição mantém ações permanentes de orientação e apoio às famílias, reconhecendo o papel fundamental dos cuidadores no processo de desenvolvimento e inclusão.

Ao direcionar um volume expressivo de recursos para a área, o Legislativo municipal reafirma o compromisso com políticas públicas inclusivas e com a construção de uma rede de apoio mais eficiente para as pessoas com autismo em Ipojuca. O investimento representa não apenas um avanço na saúde e na assistência social, mas também um passo concreto na promoção da dignidade, do respeito e da cidadania para centenas de famílias ipojucanas.

POLÍCIA NÃO É PARTIDO: O UNIFORME NÃO PODE VIRAR PALANQUE


Por Greovário Nicolas

A imagem de Michelle Bolsonaro vestindo uniforme da Polícia Rodoviária Federal, ao lado do então diretor-geral Silvinei Vasques, não é um detalhe folclórico nem um simples excesso de zelo simbólico. É um retrato cristalino de um projeto político que confundiu, deliberadamente, Estado com partido, autoridade pública com propaganda eleitoral e instituições republicanas com marketing ideológico.

Fica a pergunta inevitável — e incômoda para alguns: se fosse Janja, usando o mesmo uniforme, qual seria o escândalo produzido? Quantos editoriais indignados surgiriam? Quantos inquéritos seriam imediatamente exigidos? A resposta é óbvia e escancara a hipocrisia seletiva que pauta parte do debate público quando o assunto envolve a extrema-direita.

Não há precedentes republicanos de “primeiras-damas” desfilando com uniforme policial. E isso não é casual. O uniforme representa o poder coercitivo do Estado, a autoridade legal conferida a servidores que se submetem a regras rígidas, hierarquia, disciplina e dever funcional. Quando esse símbolo é apropriado por quem não integra a corporação, não se trata de homenagem: trata-se de usurpação simbólica de uma instituição que pertence à sociedade, não a um projeto de poder.

O episódio é mais uma evidência de como a extrema-direita saqueou simbolicamente as polícias, transformando-as em vitrines eleitorais. Alimentou-se um populismo penal ruidoso, baseado em slogans, bravatas e encenações, enquanto os problemas reais da segurança pública eram convenientemente ignorados. Houve propaganda em excesso, enganação em abundância e resultados quase nulos para os trabalhadores da segurança.

Na prática, o governo Bolsonaro não concedeu aumento real, não recompôs perdas inflacionárias e ainda empurrou goela abaixo uma reforma da Previdência profundamente danosa aos profissionais da área. Não houve qualquer avanço estrutural sério: nada de ciclo completo de polícia, nada de carreira única, nada de fortalecimento da atuação municipal, nada de política consistente de saúde mental para quem vive sob estresse permanente. O discurso era duro; a política pública, inexistente.

Ao lado de Michelle estava Silvinei Vasques, personagem central dessa degradação institucional. Usou o uniforme da PRF para pedir votos, fez campanha explícita e, em 2022, comandou uma operação de fiscalização desproporcional no Nordeste com objetivo político claro: dificultar o deslocamento e o voto de eleitores do então candidato Lula. Isso não é militância; é abuso de poder.

O desfecho é conhecido e vergonhoso. Silvinei foi condenado por envolvimento na tentativa de golpe, rompeu tornozeleira eletrônica, fugiu para o Paraguai e acabou preso portando documentos falsos. Um ex-diretor-geral da PRF agindo como criminoso comum. A mim, não surpreende — tampouco a quem conhece seu histórico. Um homem com condenação por agressão a frentista e outras acusações jamais deveria ter ocupado o cargo máximo de uma polícia federal.

Que fique registrado, sem relativizações: polícia não é partido, não é instrumento de marketing e não pode servir de palanque eleitoral. O uso de uniforme policial por quem não integra a corporação é ilegal e simboliza a apropriação indevida de uma instituição de Estado, que deve ser profissional, técnica e eleitoralmente neutra.

É evidente que policiais são cidadãos, com pleno direito à participação política: podem se filiar, votar e ser votados. O que não podem — e não devem — é partidarizar a polícia, nem utilizar fardas, símbolos, estruturas ou autoridade estatal para favorecer candidatos ou projetos políticos. Isso rompe a paridade de armas entre concorrentes e fere de morte a democracia.

Uma democracia sólida exige uma polícia republicana. E uma polícia republicana começa pelo respeito ao uniforme — que não pode, em hipótese alguma, virar fantasia de campanha.

ARCOVERDE DÁ A LARGADA NO CARNAVAL 2026 COM BAILE MUNICIPAL E SHOW DO GRUPO REVELAÇÃO

Arcoverde inicia oficialmente o Carnaval 2026 no dia 31 de janeiro com a realização do tradicional Baile Municipal, evento que chega à sua 18ª edição reafirmando o compromisso da cidade com a valorização da cultura, da música e das manifestações populares. A festa marca a abertura do Nosso Carnaval 2026 e simboliza o resgate de uma das celebrações mais emblemáticas do calendário cultural do município.

Promovido pela Prefeitura de Arcoverde, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Eventos, em parceria com a Secretaria de Cultura, o Baile Municipal foi pensado para unir tradição e modernidade, reunindo diferentes gerações em uma noite de celebração, elegância e muito ritmo. O grande destaque da edição deste ano é o show do Grupo Revelação, um dos maiores nomes do samba brasileiro, presença consagrada nos principais bailes municipais do país e responsável por sucessos que atravessam décadas.

Além da atração nacional, a programação também contará com a Orquestra Super Oara e com a participação especial do maestro Spok, referência da música pernambucana. A combinação garante um repertório diversificado, que passeia pelo samba, frevo e outros ritmos carnavalescos, reforçando o caráter democrático do evento e a identidade multicultural de Arcoverde.

Para o prefeito Zeca Cavalcanti, o Baile Municipal vai além de uma simples festa e representa um símbolo de respeito à história da cidade. Segundo ele, abrir o Carnaval com um evento desse porte fortalece a tradição e valoriza a cultura local. “O Baile Municipal é um momento especial para Arcoverde. Ele resgata nossas raízes, reúne as famílias e mostra que é possível fazer uma festa bonita, organizada e com grandes atrações, valorizando nossa identidade cultural”, destacou.

O evento também marca o início de um ciclo carnavalesco planejado, com uma programação ampla que contempla diferentes estilos musicais e públicos variados, desde os amantes dos blocos tradicionais até quem busca grandes shows. A proposta da gestão municipal é consolidar Arcoverde como um dos principais destinos do Carnaval do interior de Pernambuco, impulsionando a economia local, o turismo e a geração de renda para comerciantes e trabalhadores informais.

Com o Baile Municipal, Arcoverde reafirma sua vocação cultural e dá o primeiro passo para um Carnaval que promete ser marcado pela organização, pela diversidade musical e pelo fortalecimento das tradições populares, colocando a cidade novamente em destaque no cenário festivo do estado.

COLUNA POLÍTICA | PERNAMBUCO NO EPICENTRO DA REFORMA MINISTERIAL| NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

NA LUPA | ELEIÇÕES 2026

REFORMA MINISTERIAL DE LULA ANTECIPA O CLIMA DAS URNAS

Mesmo faltando mais de um ano para o início oficial da campanha, a eleição de 2026 já pauta decisões centrais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos bastidores do Palácio do Planalto, a palavra de ordem é planejamento. A avaliação predominante é de que o primeiro escalão do governo passará por uma das maiores reformulações desde o início do terceiro mandato, impulsionada pelo prazo legal de desincompatibilização, que obriga ministros candidatos a deixarem seus cargos até abril de 2026.

Mais do que cumprir a legislação eleitoral, Lula trabalha com um desenho político claro: usar o governo como plataforma para fortalecer palanques estaduais, ampliar bancadas no Congresso e garantir sustentação política para um eventual quarto mandato ou para a sucessão dentro do seu campo político. Nesse tabuleiro, Pernambuco volta a ocupar posição estratégica.

PERNAMBUCO NO CENTRO DA ENGENHARIA POLÍTICA DO GOVERNO

Historicamente decisivo nas eleições nacionais, Pernambuco novamente ganha protagonismo no projeto político do Planalto. Ministros com base eleitoral sólida no estado se preparam para deixar a Esplanada e disputar mandatos, levando consigo visibilidade, articulação política e acesso a prefeitos e lideranças regionais.

Nos bastidores de Brasília, a leitura é de que o desempenho dessas candidaturas será determinante para o equilíbrio de forças no Nordeste, especialmente diante da reorganização dos blocos políticos locais e da disputa antecipada entre projetos nacionais que já começam a se desenhar.

ANDRÉ DE PAULA: O RETORNO AO PARLAMENTO COMO ESTRATÉGIA DO PSD

Entre os nomes praticamente definidos está o do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD). A decisão de deixar o ministério para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados é tratada como irreversível. O projeto vai além de uma candidatura individual: trata-se de uma tentativa de reconstrução e fortalecimento do PSD em Pernambuco.

André aposta na sua trajetória política, na capilaridade construída ao longo de décadas e no diálogo intenso com prefeitos, vereadores e lideranças do interior. A passagem pelo ministério, mesmo sendo uma pasta de menor exposição nacional, ampliou sua presença em regiões estratégicas, especialmente no litoral e em municípios ligados à pesca artesanal e à economia do mar.

Internamente, André também é visto como peça-chave na montagem da chapa proporcional do PSD, com a missão de atrair nomes competitivos e transformar o partido em um player mais relevante no cenário estadual e federal.

SÍLVIO COSTA FILHO: ENTRE O PROJETO MAIOR E O CAMINHO SEGURO

À frente do Ministério de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) vive um dos momentos mais robustos da sua carreira política. Com uma pasta estratégica, responsável por obras estruturantes e investimentos bilionários, Silvio ganhou visibilidade nacional e ampliou seu trânsito político dentro e fora do governo.

O projeto principal é disputar o Senado Federal, sonho antigo do grupo político que lidera. No entanto, a disputa em Pernambuco promete ser uma das mais acirradas do país, com múltiplos grupos buscando espaço e alianças ainda em formação. Por isso, Silvio mantém cautela.

Caso o cenário não se mostre totalmente favorável, a alternativa considerada segura é a disputa pela reeleição à Câmara dos Deputados, onde ele já possui base eleitoral consolidada e menor risco. Em qualquer uma das hipóteses, Silvio será o principal puxador de votos do Republicanos no estado e figura central nas negociações eleitorais de 2026.

WOLNEY QUEIROZ: O AGRESTE COMO TRINCHEIRA ELEITORAL

No Ministério da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT) também se prepara para deixar o cargo dentro do prazo legal. Com trajetória política fortemente ligada ao Agreste pernambucano, Wolney pretende disputar mais um mandato de deputado federal.

A avaliação no PDT é de que sua passagem pelo ministério reforça o discurso de gestor e amplia o alcance junto a segmentos sensíveis do eleitorado, como aposentados, pensionistas e trabalhadores formais. Em um cenário de competição intensa, Wolney surge como um dos principais nomes do partido no estado, responsável por manter o PDT vivo e competitivo no Congresso Nacional.

LUCIANA SANTOS: ENTRE BRASÍLIA, A FEDERAÇÃO E A BASE HISTÓRICA

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), é uma das figuras mais experientes desse processo. Com trajetória consolidada, forte identidade com a esquerda pernambucana e trânsito entre diferentes correntes políticas, Luciana aparece como candidata natural à Câmara dos Deputados.

Nos bastidores, porém, também se trabalha com a possibilidade de uma candidatura à Assembleia Legislativa de Pernambuco, a depender do desenho das alianças, da estratégia da federação partidária e do cálculo sobre onde seu nome teria maior impacto político. O PCdoB avalia cenários com cautela, consciente de que a decisão terá reflexos diretos na correlação de forças da esquerda no estado.

A DANÇA DAS CADEIRAS EM BRASÍLIA VAI ALÉM DE PERNAMBUCO

O movimento de saída de ministros não se limita aos pernambucanos. Estimativas apontam que mais de 20 integrantes do primeiro escalão devem deixar o governo para disputar as eleições de 2026. Entre eles, nomes de peso nacional, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ambos com base eleitoral em São Paulo.

Essa debandada obrigará Lula a promover uma reforma ministerial ampla, com impactos diretos na governabilidade, no equilíbrio entre os partidos da base aliada e na relação com o Congresso Nacional. A escolha dos substitutos será estratégica, buscando manter estabilidade política em pleno ano eleitoral.

LULA ENTRE A GESTÃO E A ELEIÇÃO

Nos bastidores, aliados relatam que Lula pretende segurar seus ministros-candidatos até o limite do prazo legal, garantindo a execução de obras, programas e entregas que possam ser capitalizadas politicamente nos estados. Ao mesmo tempo, o presidente trabalha silenciosamente na montagem de um novo time, capaz de sustentar o governo enquanto o foco político se desloca, inevitavelmente, para as urnas.

2026 JÁ COMEÇOU

A eleição de 2026 ainda não chegou oficialmente, mas já dita o ritmo da política nacional. A reforma ministerial que se aproxima será menos administrativa e muito mais eleitoral. Pernambuco, mais uma vez, assume papel central nesse jogo, com ministros que trocam cargos estratégicos pela disputa direta pelo voto popular.

Cada saída do primeiro escalão carrega um projeto, uma aposta e uma nova correlação de forças. E, como sempre, cada movimento seguirá sendo observado com atenção redobrada. Na lupa.

DIOGO MORAES CELEBRA ENTREGA DO MIRANTE DO CRUZEIRO

O deputado estadual Diogo Moraes (PSDB) celebrou, no último domingo, a entrega do Mirante do Cruzeiro Zeinha Moraes, novo equipamento turístico de Santa Cruz do Capibaribe. A solenidade marcou a reabertura do espaço após intervenções que qualificaram a estrutura e ampliaram as condições de uso para a população e visitantes.

Durante o evento, o público pôde conhecer as melhorias implantadas, que garantem mais conforto e reforçam a segurança dos frequentadores. O mirante será um espaço dedicado ao lazer, à contemplação da paisagem e à prática de atividades físicas, mantendo sua importância turística e social para o município.

Entre as ações executadas estão a implantação de um acesso iluminado e a instalação de câmeras de monitoramento, medidas que fortalecem a segurança e contribuem para a preservação do espaço público, tornando o ambiente mais acolhedor para todos.

A revitalização do Mirante do Cruzeiro foi viabilizada a partir da doação do terreno feita pela Família Moraes, somada à destinação de emenda parlamentar do deputado Diogo Moraes, que assegurou os recursos necessários para a realização das melhorias.

Para o parlamentar, a entrega do equipamento representa um investimento no futuro da cidade. “O Mirante do Cruzeiro é um espaço que carrega história, simbolismo e afeto para Santa Cruz do Capibaribe. Ver esse local revitalizado, mais seguro e preparado para receber as famílias, os jovens e os visitantes é motivo de muita alegria. É um investimento no turismo, no lazer e na valorização da nossa identidade”, destacou Diogo Moraes.

A entrega do equipamento integra a programação comemorativa pelos 72 anos de emancipação política de Santa Cruz do Capibaribe e reforça as ações voltadas à valorização do turismo, da memória e da identidade cultural da Capital da Moda, ampliando as opções de lazer e visitação em um ponto estratégico da cidade.


Comunicação - Deputado Diogo Moraes

PL EM ENCRUZILHADA EM PERNAMBUCO: ENTRE A SOBREVIVÊNCIA POLÍTICA E A SOMBRA DA POLARIZAÇÃO

Isolado dos dois principais projetos que se desenham para a disputa pelo Governo de Pernambuco — liderados pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), e pela governadora Raquel Lyra (PSD) — o Partido Liberal vive um dos momentos mais delicados de sua trajetória no estado natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem protagonismo nas articulações centrais e distante dos polos que concentram força eleitoral, o PL se vê obrigado a repensar sua estratégia para não se tornar um coadjuvante irrelevante no tabuleiro político pernambucano.

A dificuldade do partido bolsonarista começa a ficar evidente na montagem de suas chapas. A pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, ao Senado, que chegou a ser tratada como prioridade interna, vai gradualmente perdendo tração e se redesenhando como um projeto de retorno à Câmara dos Deputados, onde ele já possui capital político consolidado. O movimento reflete o realismo imposto pelas circunstâncias: sem alianças robustas e com pouco espaço na majoritária, o PL tende a concentrar esforços onde suas chances são mais concretas.

Situação semelhante vive Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e um dos nomes mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ainda alimentar o desejo de disputar uma vaga no Senado, ele já reconhece nos bastidores que a falta de uma legenda viável para sustentar essa empreitada torna o projeto improvável. O caminho mais factível, caso queira permanecer competitivo, também aponta para uma candidatura a deputado federal, reforçando a tese de que o partido precisará priorizar a sobrevivência parlamentar em detrimento de voos mais altos.

No campo estadual, o deputado André Ferreira se movimenta com cautela, mas com estratégia definida. A tendência é que ele volte a disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco, reforçando a presença do grupo Ferreira no Legislativo estadual e ajudando o PL a manter uma base mínima de poder institucional.

Diante desse cenário, a construção de uma bancada federal forte passa a ser o principal objetivo do partido em Pernambuco. No entanto, essa estratégia esbarra em um dilema central: para impulsionar candidaturas proporcionais, o PL precisaria lançar um nome próprio ao Governo do Estado, garantindo palanque e visibilidade. A pergunta que ecoa entre dirigentes e aliados é simples e dura: quem topará ir para o sacrifício em uma disputa marcada por uma polarização intensa e praticamente fechada entre João Campos e Raquel Lyra?

A ausência de espaço para um terceiro projeto competitivo torna essa decisão ainda mais complexa. Sem um nome com densidade eleitoral suficiente para romper a polarização, cresce a percepção de que a candidatura própria ao governo seria mais simbólica do que efetiva, servindo apenas como instrumento para fortalecer chapas proporcionais.

Nesse contexto, o caminho que se desenha como mais natural — e pragmático — é o apoio à governadora Raquel Lyra. Ainda que não represente uma aliança ideológica plena, trata-se da opção mais viável para garantir alguma inserção no debate majoritário e evitar o completo isolamento político. Para o PL, a eleição de 2026 em Pernambuco não será sobre conquistar o governo, mas sobre permanecer vivo, organizado e com musculatura suficiente para continuar influenciando o jogo político no estado.

COM ROMBO BILIONÁRIO, CORREIOS PREVEEM MIL AGÊNCIAS FECHADAS E 15 MIL DEMISSÕES EM 2026

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, revelou, nesta segunda-feira (29), detalhes sobre o plano de reestruturação da estatal. Dentre os planos previstos estão o fechamento de mais de mil agências e demissões de mais de 15 mil funcionários, além de promover a revisão de cargos de alta remuneração.

As demissões, no entanto, serão feitas através do Plano de Demissão Voluntária (PDV), onde os próprios funcionários irão “pedir as contas”, recebendo benefícios como indenizações extras, para além dos direitos trabalhistas. 

Os 15 mil funcionários que a estatal espera dispensar já em 2026 representam 17% do quadro de funcionários total da empresa. Além disso, cargos de média e alta remuneração serão reavaliados, assim como planos de saúde e previdência.

Os Correios esperam poupar cerca de R$2,1 bilhões com a otimização do quadro de funcionários. Montante esse que será somado a R$2,1 bi que são estimados de economia com o fechamento de mais de mil agências. Assim, a estatal deverá poupar R$4,2 bilhões em corte de despesas por ano no plano de reestruturação 2025–2027.

Rondon ainda afirmou que ocorrerão parcerias com empresas privadas que devem proporcionar um aumento na receita de R$ 1,7 bilhão. 

Somente neste ano, entre janeiro e setembro, os Correios tiveram um rombo estimado em R$ 6 bilhões, quase triplicando o desempenho negativo do ano passado.

TRUMP CONFIRMA ATAQUE DOS EUA A TERRITÓRIO DA VENEZUELA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (29) que forças dos EUA atingiram território da Venezuela onde ficariam barcos carregados com drogas. Esta seria a primeira ação em terra desde a operação de pressão do governo norte-americano contra o regime de Nicolás Maduro.

"Houve uma grande explosão na área do cais onde eles carregam os barcos com drogas", disse o presidente dos EUA. "Atingimos todos os barcos e agora atingimos a área. É a área de implementação", declarou Donald Trump.

Não ficou claro qual órgão do governo dos EUA foi responsável pela ação e qual alvo foi atingido. Em pronunciamentos anteriores, Trump afirmou que havia autorizado ações da CIA em território venezuelano.