Faustão, que tem 75 anos, já passou por três transplantes em menos de dois anos — um coração, em agosto de 2023; um rim, em fevereiro de 2024; e agora o fígado, junto com um novo rim. O caso dele chama atenção pela complexidade e também pela prioridade que recebe no sistema de transplantes brasileiro. O cirurgião cardiovascular Fernando Figueira explicou no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que existe um protocolo que garante a prioridade de pacientes que precisam passar por mais de um transplante, principalmente para garantir o melhor aproveitamento dos órgãos que são oferecidos por doadores.
O médico reforça que essa prioridade não é injusta, muito pelo contrário. Ela está prevista para que pacientes que já receberam um órgão e precisam de outro sejam atendidos mais rapidamente, porque, geralmente, o mesmo doador pode fornecer mais de um órgão, como fígado e rim, por exemplo. Essa regra evita o desperdício e ainda ajuda a salvar vidas, garantindo que o órgão chegue ao paciente que já está na fila por uma nova cirurgia.
Outro ponto importante destacado pelo especialista é a diferença entre sepse e choque séptico. Embora ambos sejam condições graves, o choque séptico é um estágio mais avançado da sepse, onde o corpo não consegue manter a pressão arterial nem o fluxo sanguíneo adequado para os órgãos. Isso causa uma piora rápida e pode levar ao colapso dos sistemas do corpo, o que torna o tratamento ainda mais difícil.
Após as cirurgias recentes, Faustão foi extubado no último sábado, dia 9 de agosto, o que indica que ele não depende mais do respirador mecânico para respirar. No domingo, Dia dos Pais, ele recebeu a visita dos filhos, um momento especial e importante para sua recuperação emocional. A família tem acompanhado de perto todo o tratamento, que segue sob rígido acompanhamento médico.
A situação do apresentador, que sempre esteve presente nas manhãs da televisão brasileira, mostra a complexidade e os desafios que envolvem os transplantes múltiplos e o cuidado intensivo necessário nesses casos. Cada órgão transplantado representa uma nova chance de vida, mas também exige uma série de cuidados especiais para evitar rejeições e complicações. Faustão está em um momento crítico, mas com o suporte da equipe médica e o apoio da família, busca superar essa fase complicada. A luta pela recuperação continua e a torcida é para que ele possa voltar à rotina o quanto antes.
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