quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
SUAPE APRESENTA POTENCIALIDADES E INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA PARA PAÍSES DO SUDESTE ASIÁTICO, EM BRASÍLIA
CONIAPE ENTRA EM 2026 COM FORÇA MÁXIMA E ARTICULAÇÃO EM BRASÍLIA AO LADO DE FERNANDO DUEIRE E SILVIO COSTA FILHO
A dupla simboliza, cada um a seu modo, a passagem definitiva do consórcio de uma etapa executiva de entregas para um ciclo de maior projeção política. Dueire, atento às pautas regionais no Senado, e Silvio, cuja pasta tem sido essencial na modernização logística e de infraestrutura do país, reforçam com suas agendas a relevância institucional do encontro. O gesto político vai além da solenidade: mostra que o consórcio conquistou status, autonomia e interlocução direta com Brasília, sem ruídos e com metas postas à mesa.
A pauta da Assembleia não será protocolar. A prestação de contas, a apresentação oficial sobre a nova sede — detalhe aguardado pelo corpo técnico e pelos municípios — e a atualização dos processos licitatórios marcam o eixo operacional. Mas o ponto que deve suscitar maior celebração é a entrega de novas ambulâncias, numa reafirmação de que a força consorciada ultrapassa a retórica da cooperação e aterrissa no campo real da assistência, da saúde e do funcionamento da vida pública municipal.
O CONIAPE, que já opera com compras compartilhadas e suporte técnico ampliado, chega ao fim de 2025 com a chancela de quem aprendeu a fazer consórcio não apenas como solução burocrática, mas como modelo de governança moderna, capaz de compensar desigualdades municipais e acelerar investimentos que isoladamente seriam inviáveis. A confraternização natalina, por sua vez, não será mero rito de despedida anual, mas o momento simbólico de um ciclo de maturidade institucional e expansão.
Ao planejar 2026 sob a orientação das deliberações desta Assembleia, o consórcio mira mais alto: nova sede estruturada, ampliação de serviços, maior integração com a União e fortalecimento das agendas regionais. O que antes funcionou como promessa administrativa agora se converte em presença política qualificada. E, com Brasília dentro da sala, o CONIAPE sai de 2025 com a chave de acesso para um ano que promete reposicionar o consórcio como referência cooperativa no Nordeste e, sobretudo, como agente de execução eficiente para quem vive nos municípios que compõem sua base.
O encontro do dia 15 sela o fim de um ano de expansão e abre o próximo com a nitidez de uma estratégia: menos burocracia, mais entregas; menos discurso, mais consórcio efetivo — e com o peso do Senado e do Governo Federal na primeira fileira.
BOLSONARO VENCE NA CÂMARA: DEPUTADOS APROVAM CORTE DE PENAS DO EX-PRESIDENTE E DOS CONDENADOS DO 8 DE JANEIRO
O painel eletrônico exibiu um resultado que consolidou a articulação e o peso da direita no Legislativo: 291 votos a favor, 148 contra e 1 abstenção. A ausência de 72 parlamentares, em uma votação considerada histórica, ampliou a leitura de que o tema ultrapassou o debate jurídico e se firmou como um divisor político entre governistas e oposicionistas. Enquanto o governo e seus aliados defenderam a manutenção das condenações como marco institucional, as bancadas da direita falaram em correção de exageros e revisão equilibrada das punições.
O PL, partido de Bolsonaro, apresentou a maior demonstração de fidelidade: 75 votos a favor e apenas uma voz contrária — Osmar Terra (RS) — único dissidente e personagem que gerou estranhamento entre aliados. No mesmo campo, PRD, Novo e Cidadania votaram integralmente a favor da redução das penas. O União Brasil registrou ampla maioria pró-projeto, com apenas quatro votos divergentes. O PSD mostrou divisão interna explícita, com 24 votos a favor, 12 contrários e a única abstenção da sessão, protagonizada por Sydney Leite (AM), gesto interpretado nos bastidores como tentativa de neutralidade calculada.
Na contramão, o PT compareceu com coesão total: todos os 65 deputados presentes votaram contra o texto, sustentando que a aprovação representa um gesto de anistia política aos réus do ataque institucional. Da mesma forma, PSOL, PCdoB, PV e Rede rejeitaram integralmente a proposta, reforçando o argumento de que não se pode rebaixar a gravidade de uma ação que, segundo o Supremo Tribunal Federal, visou romper a ordem democrática.
A aprovação, no entanto, não encerra o episódio. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já confirmou que a análise ocorrerá ainda em 2025, garantindo que o tema não perderá temperatura nem deverá ser empurrado para o ano eleitoral. A depender da votação no Senado, o texto será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderá sancionar, vetar parcialmente ou vetar integralmente — decisão que tende a se tornar um dos maiores testes políticos de seu mandato.
Além de reconfigurar alinhamentos partidários, a votação desta quarta redesenha a leitura sobre o 8 de janeiro. O movimento que antes se encontrava exclusivamente nas mãos do Judiciário — com sentenças duras e mensagens públicas de combate ao golpismo — agora regressa ao campo da negociação política. Para Bolsonaro, o impacto é direto e palpável: o ex-presidente, que se tornou foco das investigações e alvo central da narrativa de incitação, vê o Congresso assumir a dianteira em sua reabilitação penal e simbólica.
A Câmara não apenas aprovou uma revisão da punição. Reconstruiu também o tabuleiro institucional. Entre acusações, fidelidades exibidas e rupturas silenciosas, o que se viu foi o redesenho de forças de um país ainda marcado pela memória do ataque aos Poderes — e que, diante da nova decisão, se prepara para revisitar, com novos contornos, um dos capítulos mais desafiadores de sua história democrática.
MARÍLIA ARRAES MANTÉM CENÁRIO DE INCERTEZA E VOLTA A TESTAR LIMITES DA FRENTE POPULAR
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ALEPE MANTÉM CLIMA DE PRESSÃO E ENCERRA SESSÃO SEM VOTAÇÕES, ENQUANTO PECs DO ORÇAMENTO CONTINUAM TRAVANDO A PAUTA
INW PROMOVE MUTIRÃO JURÍDICO GRATUITO NO COMPAZ LEDA ALVES NESTA QUARTA-FEIRA
O Mutirão Jurídico visa oferecer orientação jurídica gratuita, com escuta humanizada e linguagem acessível. O atendimento abrangerá demandas das áreas cível, trabalhista, penal, consumidor, família e outros temas recorrentes no cotidiano da população. O trabalho é conduzido por uma rede de advogados voluntários vinculados ao INW.
“Ao promovermos ações como o Mutirão Jurídico, reforçamos a ideia de que o acesso à Justiça precisa ser simples, humano e possível. Informação clara e acolhimento são passos essenciais para que cada pessoa consiga compreender seus direitos e encontrar caminhos para resolver suas demandas”, afirma Anne Wilians, fundadora e presidente do Instituto Nelson Wilians.
Ao longo de 2025, centenas de pessoas já foram atendidas em iniciativas semelhantes promovidas pelo Instituto em diferentes regiões do país. De acordo com a organização, cerca de 69% dos casos acompanhados tiveram encaminhamento ou resolução efetiva, contribuindo para reduzir a demanda sobre a Defensoria Pública e fortalecer a autonomia jurídica da população.
A realização do mutirão no Recife reforça a atuação do INW no Nordeste, onde já promoveu iniciativas voltadas à inclusão social e ao desenvolvimento comunitário, além de apoiar organizações locais por meio do Edital Pro Bono NW, iniciativa nacional que contempla projetos de impacto social.
“Esse trabalho só acontece porque existe uma rede de voluntários comprometida em compartilhar conhecimento e oferecer apoio real a quem precisa. O mutirão cria um ambiente onde a escuta qualificada e o respeito se tornam parte essencial da construção da cidadania”, destaca William Ruiz, gerente de inovação e relações institucionais do Instituto Nelson Wilians.
A ação contará também com atividades comunitárias promovidas pelo Compaz Leda Alves e parceiros locais, ampliando os serviços disponíveis à população do Pina e entorno.
Serviço
Mutirão Jurídico – Instituto Nelson Wilians (INW)
Data: 10 de dezembro de 2025 (terça-feira)
Horário: das 13h30 às 18h
Local: Compaz Atriz Leda Alves – Rua José Rodrigues, S/N, Pina, Recife
PERNAMBUCO ABATE O IPVA, MAS ALERTA SOBRE IMPACTO MILIONÁRIO AOS MUNICÍPIOS ACENDE SINAL DE ALERTA NA ALEPE
A decisão partiu do Poder Executivo, em movimento antecipado às propostas já em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Além de diminuir as alíquotas, o decreto ampliou o alcance social dos benefícios: mototaxistas e veículos elétricos passaram a ser isentos, enquanto pessoas com deficiência foram contempladas com um processo desburocratizado — a concessão e renovação agora ocorrem automaticamente, desde que atendidas as exigências legais. O pacote também estendeu o parcelamento do imposto de três para até dez vezes e manteve o desconto de 7% para pagamento em cota única. Mais que um gesto econômico, uma estratégia de permanência e circulação de riqueza no próprio território: incentivar a compra e o emplacamento no Estado, fortalecendo setores locais e atraindo receita para comércio e serviços.
Entretanto, o avanço, celebrado por grande parte dos contribuintes, colide com outra preocupação de alcance municipal. Em paralelo às decisões já implementadas pelo Executivo, seguem em discussão na Alepe projetos que pretendem ampliar a lista de isentos: motoristas de aplicativo, motocicletas de até 170 cilindradas e automóveis com mais de 15 anos de fabricação. Uma ampliação que, somada ao já concedido, pode custar caro ao pulmão fiscal. Estimativas projetam perda de R$ 500 milhões — cerca de 25% de todo o montante previsto com o IPVA em 2026, estimado em R$ 2 bilhões.
É nesse ponto que a tranquilidade do contribuinte encontra a inquietação dos gestores municipais. Pela Constituição, 50% de toda arrecadação do IPVA pertence aos municípios onde os veículos são licenciados. Só em outubro, pouco mais de R$ 41 milhões foram distribuídos às cidades pernambucanas, sendo o Recife o maior beneficiado, com cerca de R$ 14 milhões. Valor decisivo para saúde, educação, mobilidade e para a engrenagem cotidiana que move servidores e serviços públicos.
Na audiência pública de 5 de novembro, conduzida na Comissão de Finanças da Alepe, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, deu voz ao ponto nevrálgico da discussão: o equilíbrio fiscal. Sem negar a importância do incentivo ao trabalhador, Gouveia enfatizou o risco de um descompasso entre renúncia e compensação. “A Amupe não é contra benefícios aos trabalhadores, mas é preciso que venham acompanhados de medidas compensatórias. Quando se reduz a arrecadação dos municípios, faltam recursos para áreas que atendem justamente esses trabalhadores. Os municípios vêm sendo sufocados com cada vez mais novas atribuições e cada vez menos recursos”, alertou.
O IPVA, que costuma ocupar o imaginário coletivo apenas no início do ano, agora vira centro de debate político e econômico. A redução das alíquotas envolve muito mais que o alívio financeiro imediato: trata-se de repensar o modelo de tributação, as contrapartidas e a capacidade real dos municípios de honrar compromissos essenciais diante de um cenário de cortes sucessivos.
As ruas recebem a notícia como desafogo, mas no plenário, o tom é de cautela. O desafio que desponta à frente do Executivo e do Legislativo é combinar justiça tributária com responsabilidade fiscal, sem sufocar a máquina que garante, nos municípios, aquilo que torna o Estado vivo: políticas públicas, atendimento diário, serviços básicos e a engrenagem invisível que sustenta a rotina coletiva.